Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Autarcas assumem meta de 100% de energias renováveis contra as alterações climáticas

Sábado, 05.12.15

1000mayors_c_AnneHidalgo.jpg

Cerca de mil autarcas, incluindo representantes de sete municípios portugueses, participaram ontem no encontro “Cidades pelo Clima” promovido pela presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo, à margem da COP21. O principal resultado da reunião, que decorreu nos Paços do Concelho da capital francesa, foi o compromisso com metas de longo prazo contra as alterações climáticas, nomeadamente a transição de cada comunidade para 100% de energias renováveis, ou uma redução de 80% das emissões de gases de efeito de estufa até 2050.

Com o objectivo de superar as metas do futuro Acordo do Clima de Paris, os compromissos incluíram também a elaboração e implementação, até 2020, de estratégias locais de resiliência, bem como de planos de acção para adaptar as comunidades ao aumento da incidência dos perigos relacionados com as alterações do clima. Outro compromisso passa pela redução anual (conjunta) de 3,7 gigatoneladas de emissões de gases de efeito estufa, até 2030.

leo-v3.jpg

O encontro patrocinado pela fundação Bloomberg Philanthropies contou a presença do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, bem como de personalidades envolvidas no tema, como os actores Leonardo DiCaprio, Robert Redford e Sean Penn. DiCaprio, actor, ambientalista e embaixador da ONU para as questões climáticas, apelou aos autarcas que sigam o exemplo de "cidades-modelo, como Vancouver, Sydney, Estocolmo e Las Vegas”, que já se comprometeram a utilizar 100% de energias renováveis ​​nas próximas décadas.

Por seu lado, a ONU aproveitou a ocasião para (re)divulgar o relatório “Estado das Finanças Climáticas das Cidades” (lançado na Cimeira do Clima das ONU, em Setembro), que faz um conjunto de recomendações às cidades, incluindo a adopção de políticas e incentivos ao investimento em infra-estruturas de baixo-carbono resistentes às alterações climáticas. De Portugal, participaram no encontro autarcas de Lisboa, Almada, Águeda, Alfandega da Fé, Oeiras, Reguengos de Monsaraz e Vila Real.

Notícias relacionadas:

COP21: Almada quer salvar Caparica e Lisboa atua nas águas, transportes e eficiência emergética

Cidades querem pressionar chefes de Estado a agir

Autarcas pedem medidas concretas sobre o clima a chefes de Estado e Governo

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Quercus às 16:51

Alterações climáticas no Ártico discutidas hoje num evento paralelo na #COP21

Sábado, 05.12.15

COP21 poster_A4.png

Um grupo de cientistas, economistas e comentadores geopolíticos participam hoje num evento paralelo na COP21, onde irão destacar o aumento da importância dos assuntos ligados ao Ártico para a sociedade europeia e global. Segundo os promotores, “a sessão paralela da Comissão Europeia (CE), organizada pelo European Polar Board, e por duas iniciativas financiadas pela CE ‐ EU-PolarNet e ICE-ARC ‐ aborda a ciência, impacte, oportunidades e conflitos potenciais, decorrentes das alterações climáticas no Ártico.”

O organizador da sessão, Jeremy Wilkinson, do British Antarctic Survey, especialista em gelo marinho e líder do projecto Ice, Climate, Economics ‐ Arctic Research on Change (ICE-ARC) que investiga as alterações atuais e futuras do gelo marinho no Ártico e as consequências económicas e sociais destas alterações, salienta que “o aumento do interesse no Ártico proporciona oportunidades e possibilidades a nível regional, como novas rotas à navegação, desenvolvimento da pesca e extracção de  hidrocarbonetos.”

No entanto, admite. “estas actividades produzem potencial para conflitos e riscos para as atividades humanas nesta região e em todo o planeta”, pelo que os dois projetos e o European Polar Board “estão empenhados em criar relações estreitas entre a ciência e a sociedade, através do diálogo e envolvimento com empresas e comunidades que estão na linha da frente das alterações ambientais.” O objectivo da sessão, diz , “é estimular novas maneiras de pensar e sensibilizar para a importância da discussão, ultrapassando as fronteiras entre ciência e sociedade.” [Fonte: PROPOLAR - Programa Polar Português]

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por Quercus às 12:45

Grupo de trabalho da #COP21 aprova rascunho final do acordo climático de Paris

Sábado, 05.12.15

O Grupo de Trabalho Ad Hoc da Plataforma de Durban para uma Ação Reforçada (ADP) acaba de divulgar a versão final da proposta do Acordo de Paris, que irá agora ser avaliada e negociada a nível político ao longo da próxima semana. O documento tem ainda 48 páginas (incluindo anotações) e ainda muitas opções em aberto:

Draft Paris Agreement por Quercus ANCN (ver adenda)

Autoria e outros dados (tags, etc)

tags:

publicado por Quercus às 11:09

ONG defendem redução drástica das emissões poluentes das centrais termoelétricas a carvão

Sábado, 05.12.15

EU's coal fleet final.jpg

Um estudo publicado hoje pela Rede europeia de Acção Climática (CAN Europe) e pelo Greenpeace Reino Unido revela que as emissões de dióxido de carbono das envelhecidas centrais a carvão europeias terão de ser reduzidas três vezes mais rapidamente do que o ritmo actual, de forma a cumprir os esforços globais para limitar o aquecimento global.

O relatório, realizado com o apoio de analistas do Sandbag, baseia-se numa base de dados abrangente que permite pela primeira vez calcular a quantidade de carbono libertada pelas 280 centrais atualmente em funcionamento na UE, incluindo duas em Portugal (Sines e Pego).

Em 2014, esta enorme frota europeia de centrais a carvão lançou um total de 762 milhões de toneladas de CO2 – o equivalente às emissões combinadas de França, Espanha e Portugal. Esta fatia corresponde a quase um quinto (18%) das emissões totais de gases com efeito de estufa na UE, quase tanto quanto a fatia do setor dos transportes rodoviários (21%).

Acresce, conclui o estudo, que dois terços (66%) destas centrais estão em operação há 30 anos ou mais, o que as torna particularmente ineficientes, poluidoras e propensas a falhas.

Segundo especialistas da Agência Internacional da Energia, citados no estudo, as emissões de carbono com origem na queima de carvão terão de descer em média 8% por ano até 2040 para manter o aquecimento global abaixo de dois graus. Mas o relatório mostra que estas emissões só desceram uma média de 2,3% anuais nos últimos nove anos.

As ONG instam os líderes europeus a controlar a poluição destas centrais a carvão, através do estabelecimento de planos nacionais claros, com prazos para excluir o carvão dos seus sistemas de energia. Reino Unido, Áustria e Finlândia já avançaram com compromissos neste sentido.  

Notícias relacionadas:

Emissões de centrais a carvão devem cair mais rápido, diz estudo

Planeta menos quente? Baixem emissões de centrais a carvão

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Quercus às 10:46