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Presidência da #COP21 divulga amanhã versão revista do projeto de Acordo de Paris

Terça-feira, 08.12.15

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Uma versão “limpa” do Acordo de Paris, com menos opções em aberto, será apresentada amanhã à tarde, pelas 13h (12h, em Lisboa), na terceira sessão do Comité de Paris. O anúncio acaba de ser feito na segunda sessão deste fórum promovido pelo presidente da COP21, Laurent Fabius, ministro francês dos negócios estrangeiros (vídeo).

Será ainda um documento em aberto decorrente das negociações do início da semana – que continuam informalmente em cerca de uma dezena grupos de trabalho coordenados por delegados de vários países – mas deverá ter muito menos parêntesis retos, que no papel correspondem aos parágrafos que ainda não reuniram consenso.

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publicado por Quercus às 19:25

ONG defendem limite de 1,5ºC

Terça-feira, 08.12.15

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As ONG presentes no centro de conferências Le Bourget realizaram hoje uma ação de rua, com o apoio de vários países, nomeadamente do grupo dos mais vulneráveis, para pedir mais ação climática. A iniciativa decorreu ao lado de uma réplica da Torre Eiffel, junto da qual havia dois caminhos desenhados no chão: um que leva 1,5ºC de aquecimento e outro a 3ºC.

Numa breve encenação, um ativista representando os ministros aqui presentes entra no caminho dos 3ºC, enquanto outros gritavam "não!". Outros participantes representavam alguns dos últimos pontos em aberto na mesa das negociações: ambição pré-2020, revisão de implementação pré-2020, revisão dos compromissos nacionais pré-2020, ciclos de revisão de 5 anos e o objetivo de longo prazo.

No fim, o “ministro” improvisado conseguiu passar todas as barreiras das negociações e chegar finalmente ao caminho que leva ao objetivo de 1,5ºC, o único que assegura menores impactos sobre o clima global e o cenário que as ONG esperam que aconteça nas negociações reais até sexta-feira. (ver fotogaleria da ação)

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publicado por Quercus às 17:08

Ministro do ambiente: "o nosso objetivo é um futuro sem emissões de carbono" 

Terça-feira, 08.12.15

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O ministro português do ambiente, João Matos Fernandes, interveio esta manhã no segmento ministerial da COP21 (agenda), que decorre em Paris até sexta-feira, para dizer que “o sucesso em Paris será medido pelo grau de ambição que conseguirmos consagrar no Acordo” e para assegurar que “Portugal está totalmente empenhado com a profunda descarbonização da sua economia” (ver texto integral ou vídeo).

No entanto, o novo governante admite que “na situação atual, o nível de ambição para 2030 ainda não é suficiente para nos manter abaixo dos 2ºC” de aquecimento global, o que significa que a COP21 deverá aprovar “um Acordo firme que dê um sinal claro de que todos os países estão comprometidos com a descarbonização e com a adoção de opções de baixo carbono a um nível nacional, em linha com um objetivo global.” Nesta “viagem de longo curso”, Portugal pugnará por “um processo global de revisão a cada 5 anos”, que “reforce as contribuições nacionais”.

José Matos Fernandes recordou que o país “cumpriu o seu primeiro período de compromisso das metas de Quioto e está a caminho de cumprir a sua segunda meta do período de compromisso para 2020”. Lembrou também que já foi aprovado um quadro estratégico “que define a visão e os objetivos de política climática nacional e que inclui o Programa Nacional para as Alterações Climáticas, com uma meta de redução de 30% a 40% abaixo dos níveis de 2005 até 2030, incluindo metas sectoriais; e a segunda fase da Estratégia Nacional de Adaptação, com especial ênfase no conhecimento, integração e implementação.”

Neste âmbito, assegurou, “Portugal está totalmente empenhado com a profunda descarbonização da sua economia”, mas apesar de terem sido dados passos “em termos de redução da poluição industrial, na promoção das energias renováveis, reduzindo a dependência das importações de energia e a intensidade de carbono da nossa economia” é preciso ir mais longe, porque “o objetivo é um futuro sem emissões de carbono.”

“Precisamos de aumentar a ambição no que respeita ao nível de emissões provenientes dos setores residencial e de serviços e dos transportes, o que exigirá a adoção de um conjunto de medidas nas áreas da reabilitação urbana, da eficiência energética e da mobilidade sustentável, contribuindo para uma verdadeira politica integrada de cidades, tendo o novo Governo de Portugal concentrado todas estas competências no Ministério do Ambiente.” 

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publicado por Quercus às 12:32