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G20 reunido na Turquia

Segunda-feira, 16.11.15

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Apenas a duas semanas da UNFCCC COP21, a Cimeira do G20, a decorrer hoje e amanhã na Turquia, apresenta uma oportunidade única para reforçar a confiança internacional e dinâmica no sentido de um acordo climático ambicioso em Paris. Esta Cimeira é também importante para mostrar o compromisso dos países com um desenvolvimento económico de baixas emissões de carbono e mais resiliente a um clima em mudança.

A Rede de Ação Climática identificou três questões fundamentais que os países do G20 precisam de assumir para enviar sinais fortes para Paris:

 

  1. Financiamento climático

Para evitar os impactes catastróficos das alterações climáticas, os líderes do G20 têm de implementar legislação robusta e estabelecer um quadro político de longo prazo que promova investimentos diretos - públicos e privados -, longe de setores intensivos em emissões de carbono. É fundamental que este investimento seja direcionado para a transição para economias baseadas em energias renováveis, de baixas emissões de carbono e resilientes ao clima.

Os países desenvolvidos precisam de apoiar os países em desenvolvimento para a transição das suas economias. Por isso, mesmo antes do Acordo de Paris entrar em vigor, os países desenvolvidos do G20, que ainda não o fizeram, devem definir a sua contribuição anual para aumentar o financiamento de hoje até 2020, para se poder alcançar os 100 mil milhões de dólares já acordados para o apoio das ações climáticas nos países em desenvolvimento até 2020.

  1. Adaptação e perda e danos

Os países do G20 devem reconhecer explicitamente os apelos de mais de 100 países em desenvolvimento para um limite de temperatura de 1,5 ºC como pressuposto para o Acordo de Paris, reafirmada pelo Comunicado de Manila do Fórum Clima Vulnerável.

Além disso, de acordo com a intenção da Presidência do G20 de prestar especial atenção às necessidades dos países em desenvolvimento mais pobres, o G20 também deve destacar a necessidade de contínuas contribuições financeiras para fundos internacionais, como o Fundo dos Países Menos Desenvolvidos e o Fundo de Adaptação, bem como reconhecer esta necessidade através da disponibilização de apoio adicional imediato.

  1. Redução de emissões e de transição da economia

Não há outra alternativa senão a transição para um mundo livre de emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis e é fundamental o compromisso dos países que integram o G20 sobre o planeamento do desenvolvimento nacional, em conformidade com estes requisitos de descarbonização completa das suas economias. A definição de estratégias comuns para alcançar uma redução de emissões no sentido de cumprir a meta de longo prazo de limitar o aquecimento global a apenas 1,5ºC, identificando áreas estratégicas de cooperação para a inovação tecnológica e sua implantação, bem como a aplicação de políticas de descarbonização, deve ser o foco do compromisso do G20.

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publicado por Quercus às 11:10


1 comentário

De humberto a 22.11.2015 às 14:29

«Apenas a duas semanas da UNFCCC COP21, a Cimeira do G20, a decorrer hoje e amanhã na Turquia, apresenta uma oportunidade única para reforçar a confiança internacional e dinâmica no sentido de um acordo climático ambicioso em Paris.»


Quantas oportunidades únicas já relataram aqui no vosso blogue? Eu já lhes perdi a conta.


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« (...) A Rede de Ação Climática identificou três questões fundamentais que os países do G20 precisam de assumir para enviar sinais fortes para Paris:

1. Financiamento climático»


Muito protestam estes ambientalistas do dinheiro que outros têm mas quando se trata deles... não param de reclamar por dinheiro para as suas ideias ou projectos.


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«Para evitar os impactes catastróficos das alterações climáticas,»


Catastroficíssimos, no mínimo! Nunca nenhum impacto se concretizou dos muitos que diziam nos iriam impiedosamente atingir no presente mas isso não os impede de desavergonhadamente continuarem a insistir no mesmo.


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«os líderes do G20 têm de implementar legislação robusta e estabelecer um quadro político de longo prazo que promova investimentos diretos - públicos e privados -, longe de setores intensivos em emissões de carbono.»


Só os ambientalistas merecem financiamento, não é verdade? Só a as centrais eólicas e solares é que merecem a nossa aprovação, certo?

Querem a verdade? Estas energias não passam de uma moda. Cada vez mais pessoas estão a abrir os olhos para o que significa serem consumidores deste tipo de energia.

Felizmente, o evoluir da tecnologia em breve nos trará novas fontes de energia ainda mais baratas que a proveniente dos combustíveis fósseis e que deixarão estas energias ditas "limpas" definitivamente a um canto esquecidas.


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«É fundamental que este investimento seja direcionado para a transição para economias baseadas em energias renováveis, de baixas emissões de carbono e resilientes ao clima.»


Muito gostam de repetir frases feitas sem fazerem ideia do seu significado.


As despesas em jogo, segundo mesmo os mais infames alarmistas, são estas:


"Transição para economia de baixo carbono custaria US$3 trilhões anuais

O investimento necessário para a transição para uma economia global de baixo carbono é de US$ 3 trilhões por ano, sendo US$ 1 trilhão apenas no setor de energia. (...)
no ano passado, foram investidos US$ 270 bilhões em energias renováveis (...) que acrescentou apenas 6% na geração de energias renováveis."

Leiam a notícia completa aqui:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=transicao-economia-baixo-carbono&id=010175151028#.VkyG2kBLqSr



Não posso deixar de salientar os TRÊS TRILHÕES... ou 3 biliões como se diz em Portugal.

3.000.000.000.000 (tem mesmo estes zeros todos)

E são 3.000.000.000.000 de dólares POR ANO só para a transição!

E os 270 bilhões (ou 270 mil milhões como se diz em Portugal) gastos só no ano passado que apenas acrescentaram 6% à geração destas adoradas energias renováveis!


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»Os países desenvolvidos precisam de apoiar os países em desenvolvimento para a transição das suas economias. Por isso, mesmo antes do Acordo de Paris entrar em vigor, os países desenvolvidos do G20, que ainda não o fizeram, devem definir a sua contribuição anual para aumentar o financiamento de hoje até 2020, para se poder alcançar os 100 mil milhões de dólares já acordados para o apoio das ações climáticas nos países em desenvolvimento até 2020.»


Como se os ambientalistas ou mesmo os países desenvolvidos do G20 soubessem melhor o que é melhor para os países em desenvolvimento do que os próprios líderes destes países


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«2. Adaptação e perda e danos

Os países do G20 devem reconhecer explicitamente os apelos de mais de 100 países em desenvolvimento para um limite de temperatura de 1,5 ºC como pressuposto para o Acordo de Paris, reafirmada pelo Comunicado de Manila do Fórum Clima Vulnerável.»


Que bela maneira de pôr o assunto às avessas! Certos países desenvolvidos é que têm vindo a impor esta política climática aos países em desenvolvimento mas agora, segundo este tão extraordinário ponto de vista, são os países em desenvolvimento que apelam...

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