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Estamos a ficar sem tempo para evitar estes boletins meteorológicos em 2050

Quarta-feira, 17.09.14

Se as emissões e a concentração de gases de efeito de estufa na atmosfera continuarem a aumentar, a temperatura média da baixa atmosfera da Terra pode subir mais de 4°C até o final do século XXI, alertam os cientistas. Para perceber o que mudaria no dia a dia dos habitantes do planeta, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) convidou apresentadores de canais de televisão de todo o mundo a antecipar como serão os boletins meteorológicos no ano 2050.

O resultado não são verdadeiras previsões, mas cenários possíveis, baseados na mais recente ciência climática, e pintam um retrato convincente de como a vida poderá ser num planeta mais quente. São cenários que não precisam de acontecer, afirma a OMM, que está a lançar os vídeos durante o mês de setembro para apoiar o pedido do Secretário-Geral das Nações Unidas para que os líderes mundiais de governo, finanças, negócios e a sociedade civil apoiem uma acção ambiciosa sobre as alterações climáticas na Cimeira do Clima da ONU, que se realiza dia 23. Alguns exemplos:

Brasil, 8 de Junho de 2050 [mais informação (em inglês)]

Dinamarca, 2 de Julho de 2050 (legendado em espanhol) [mais informação (em inglês)]

Estados Unidos, 23 de Setembro de 2050 (legendado em espanhol)

Ver comunicado de lançamento e página com links para todos os vídeos.

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publicado por Quercus às 18:50

Amazónia peruana manchada de sangue antes da Cimeira do Clima e da COP20, denunciam indígenas

Quarta-feira, 17.09.14

A Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica (COICA) denunciou esta semana que o vermelho do sangue índigena continua a manchar o verde da floresta amazónica, numa área de 240 milhões de hectares fundamentais para a biodiversidade e para o clima do planeta. Em causa está o assassinato de quatro líderes Ashaninka - Edwin Chota Valera, Leoncio Quincima Meléndez, Jorge Ríos Pérez e Francisco Pinedo - da comunidade peruana de Saweto, vítimas da contestação aos madeireiros ilegais [ver notícia no Terra Magazine].

“Manifestamos a nossa profunda indignação, dor e raiva, acumulada durante anos e até séculos, porque o sangue índio continua a ser derramado pela violência, o racismo, a negligência, a indiferença, contra nós, «os índios não valem nada»”, lê-se no comunicado da COICA, uma organização composta por nove organizações indígenas do Peru, Equador, Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Bolívia e Venezuela.

Os índios dizem-se indignados pela “colonização” que persiste nos seus territórios, sobre os quais têm direitos, e sobre os quais reclamam mais atenção. “Os territórios indígenas são a garantia para o arrefecimento do planeta, prestes a rebentar devido às alterações climáticas. As nossas florestas armazenam mais de 96 mil milhões de toneladas de CO2, o equivalente a todas as emissões mundiais dos últimos 3 anos”, afirmam.

A COICA aproveita a realização da Cimeira do Clima, em Nova Iorque, já na próxima semana, e da COP 20, no Peru, em Dezembro, para reclamar maior sensibilidade política para o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas sobre mais de 100 milhões de hectares ainda não titulados. “Exigimos o reconhecimento desta dívida histórica de gratidão, bem como a titulação e o apoio para a gestão holística dos territórios indígenas da bacia amazónica, ao serviço da humanidade”.

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publicado por Quercus às 18:14