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ONU espera juntar 125 líderes na Cimeira do Clima de Nova Iorque

Sexta-feira, 12.09.14

A ausência já anunciada dos líderes da China e da Índia, Xi Jinping e Narendra Modi, não deverá afectar a credibilidade ou os resultados da cimeira climática da ONU agendada para dia 23, em Nova Iorque, acredita Christiana Figueres, secretária executiva da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas (UNFCCC).

Mesmo sem os principais governantes dos primeiro e terceiro maiores poluidores de carbono do planeta, o encontro promovido pelo secretário-geral Ban Ki-moon contará com 125 chefes de Estado e de Governo, entre eles o presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

A expectativa da ONU é a de que a reunião possa ajudar a forjar o consenso que permita aprovar no próximo ano um novo acordo global de redução de emissões de gases de efeito de estufa, cuja formalização deverá acontecer na Conferência de Paris, agendada para Dezembro de 2015.

"Este processo não termina dia 24 de Setembro. O que é importante é a força dos compromissos e acções de todos os governos até que aprovemos um novo acordo global em Paris”, diz Christiana Figueres. Em Nova Iorque estarão também representantes das principais multinacionais, convidados a discutir temas como a economia verde ou as tecnologias de baixo carbono. [adaptado deste artigo da ‘Responding to Climate Change’]

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publicado por Quercus às 09:00

Cimeira do Clima é passo fundamental para novo Acordo Climático em 2015 - Quercus nas Nações Unidas, em Nova Iorque, 23 de setembro

Quinta-feira, 11.09.14

A Cimeira do Clima da ONU, que decorrerá a 23 de Setembro, em Nova Iorque, será um importante passo para alcançar o ambicionado Acordo de Paris – um acordo global para travar as alterações climáticas que se espera alcançar em Dezembro de 2015 - e uma importante chamada de atenção para os cidadãos de todo o mundo. Os líderes mundiais que marcarem presença em Nova Iorque estarão a mostrar as suas intenções políticas, declarando o seu compromisso pessoal com o desejado Acordo de Paris.

Por outro lado, estarão também a pôr à prova a sua credibilidade e a preparar os respetivos países, através de diversas ações à escala nacional, para a decisão a ser tomada. O teste decisivo para o Acordo de Paris será constatar se o mundo muda de rumo para manter o objetivo, ainda alcançável, de evitar as consequências catastróficas das alterações climáticas.

A juntar aos compromissos políticos dos Chefes de Estado e de Governo, outro indicador importante a retirar desta Cimeira será a apresentação de iniciativas de transição para as energias limpas e de redução das emissões de carbono, levadas a cabo por um número crescente de países e setores de atividade. Têm-se registado, recentemente, em alguns dos países-chave como os Estados Unidos da América (EUA), a Índia e a China, progressos consideráveis na contenção das emissões de carbono e no investimento em energias limpas.

Esta transição mostra o desejo e a oportunidade dos países em intensificarem os seus esforços nesta matéria e integrá-los num acordo internacional. Esta Cimeira será, assim, uma oportunidade para avaliar a amplitude e profundidade desta nova dinâmica, em particular as mudanças no setor energético. É também um evento onde se poderá avaliar a capacidade da Europa, cujo protagonismo e ambição tem vindo a enfraquecer nos últimos anos.

Ao nível político, e a par dos compromissos políticos globais, a expectativa é que muitos líderes anunciem o seu compromisso relativamente à posição e contribuição dos respetivos países para este acordo global muito antes da Conferência de Paris, agendada para Dezembro de 2015. Mais ainda, espera-se que as tais contribuições incluam a definição de limites nacionais às emissões de carbono, de modo a fazer a ligação ao acordo internacional.

Marcha pelo Clima - Quercus é uma das mais de mil associações participantes

Nas ruas de Nova Iorque, fora dos corredores das Nações Unidas, os líderes serão recebidos por dezenas de milhares de cidadãos que participarão na Marcha pelo Clima de 21 de setembro. Esta iniciativa reflete uma maior preocupação e consciência pública relativamente aos custos das alterações climáticas, devido aos fenómenos meteorológicos extremos e outros impactes, a par do desejo de uma transição dos combustíveis fósseis para as energias limpas, com um crescimento visível em todo o mundo. Em 2015, a COP de Paris será uma oportunidade única para reunir as vontades políticas e cristalizá-las num acordo global que sirva de base para fortalecer os compromissos que estão já a acontecer.

O Acordo de Paris é, pois, amplamente esperado: alinhando os planos e atividades nacionais, pretende-se que sirva de trampolim para um acordo internacional que aborde a problemática das emissões de carbono e a transição para a energia limpa. Um acordo que ambicione tornar-se maior do que a soma das partes.

Os próximos passos até Paris, em 2015

A Conferência de Paris será importante, mas apenas uma paragem no longo caminho ainda pela frente para garantir que se conseguem evitar as faces mais catastróficas das alterações climáticas. A questão fundamental para avaliar o Acordo de Paris (e a Cimeira da ONU) será verificar se este acordo global mantém o objetivo alcançável, isto é, se nos permite limitar o aquecimento global a 2º Celsius.

Será o Acordo de Paris uma viragem clara na política climática mundial? Dará um sinal claro de que as emissões de carbono serão controladas, que o futuro dos combustíveis fósseis será, em última análise, limitado, e que todos os países podem e vão começar uma transição para as energias limpas? Nas próximas décadas será percorrido um longo caminho para enfrentar as alterações climáticas, mas é absolutamente claro que é necessário mudar o quanto antes de direção se queremos atingir esse objetivo. O teste decisivo de Paris será, pois, o mundo mudar efetivamente o rumo do caminho a seguir.

A próxima Cimeira de setembro irá fornecer elementos sobre esta mudança de caminho necessária em Paris. Dos anúncios e discursos, em Nova Iorque, espera-se que evidenciem e identifiquem o que é possível fazer. A questão será verificar se serão suficientes as mudanças que estão a acontecer em países como os EUA e a China para controlar as suas emissões de carbono e as mudanças que estão a ocorrer no setor energético em todo o mundo, juntamente com a vontade dos líderes políticos em institucionalizar este novo rumo.

A Quercus vai acompanhar da Cimeira e o desenvolvimento dos trabalhos até à COP de Paris através do blog: http://climaticas.blogs.sapo.pt/

Lisboa, 11 de setembro de 2014

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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publicado por Quercus às 10:04

Quercus preocupada com boletim da OMM que revela novo recorde das emissões de gases de efeito estufa

Quarta-feira, 10.09.14

A Quercus lamenta o desconhecimento sobre o risco e as consequências do aumento da concentração de gases de efeito de estufa (GEE) na atmosfera, que atingiu um novo valor recorde em 2013, segundo dados divulgados ontem pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). “A visão de curto prazo dos políticos, e da própria população, é que não se sentem suficientemente amedrontados, ou não sentem o risco e as consequências que estão em jogo. Os cientistas insistem que merece desde já uma tomada de posição muito mais importante e tão imediata quanto possível para invertermos o continuar da subida das emissões de gases de efeito de estufa”, alertou Francisco Ferreira, em declarações à Lusa.

Segundo o Boletim anual de GEE da OMM (em PDF), a concentração de GEE na atmosfera atingiu um novo recorde em 2013, sobretudo devido ao aumento dos níveis de dióxido de carbono. Entre 1990 e 2013 houve um aumento de 34% na força radiativa - o efeito do aquecimento sobre o clima – devido aos gases de efeito estufa de vida longa, como o dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso. Em 2013, a concentração de CO2 na atmosfera era de 142% relativamente à era pré-industrial (1750), enquanto as concentrações de metano e óxido nitroso atingiram 253% e 121%, respectivamente.

Os novos dados reforçam a urgência de uma acção internacional concertada contra as alterações climáticas. “O facto de termos uma sociedade que continua a investir do ponto de vista energético na queima de combustíveis fósseis em detrimento das energias renováveis, com uma população crescente, com economias emergentes e com a desflorestação, leva a este recorde”, alerta Francisco Ferreira.

Ainda segundo a OMM, os níveis de CO2 aumentaram mais entre 2012 e 2013 do que em qualquer outro ano desde 1984. Na escala global, a quantidade de CO2 na atmosfera atingiu 396,0 partes por milhão (ppm) em 2013, mais 2,9 ppm, que é o maior aumento anual para o período 1984-2013. A este ritmo, a concentração de CO2 média anual global deve ultrapassar as 400 partes por milhão em 2015 ou 2016, alerta a OMM. [ver notícia no ionline e na Rádio Renascença]

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publicado por Quercus às 14:44

Quercus apela à participação na iniciativa "Lisboa Ciclável pelo Clima"

Quarta-feira, 10.09.14

A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FCPUB) realiza no dia 20 de setembro, sábado, pelas 14h, a partir do Terreiro do Paço, um percurso de ida e volta até Belém. O "Lisboa Ciclável" já conta com centenas de participantes inscritos, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade que decorre entre 16 e 22 de setembro. A Quercus junta-se a esta iniciativa, apelando a uma "Lisboa Ciclável pelo Clima", como forma de sensibilização e alerta para a necessidade de recorrermos cada vez mais a uma mobilidade baseada nos modos suaves, com benefícios para o ambiente e para o clima.

A iniciativa realiza-se três dias antes da Cimeira especial sobre o Clima, que terá lugar dia 23, em Nova Iorque, organizada pelas Nações Unidas, e na qual é esperada a presença de vários Chefes de Estado e de Governo. Esta Cimeira será um momento fundamental de sensibilização e compromisso, com vista ao Acordo de Paris, um acordo global essencial para travar as alterações climáticas que se espera alcançar em Dezembro de 2015.

No domingo, dia 21, Dia Global de Ação pelo Clima, decorrerá às 11h30 locais de Nova Iorque a Marcha Popular pelo Clima, que juntará milhares de pessoas num mega evento, no qual a Quercus estará presente. Portugal contará com mobilizações em Lisboa e no Porto, entre as quais a 'Lisboa Ciclável pelo Clima', onde juntamos duas mensagens que estão directamente relacionadas: a promoção da mobilidade sustentável e a luta contra as alterações climáticas. No nosso país, os transportes, e em particular o transporte rodoviário, são responsáveis por mais de um quarto das emissões de gases com efeito de estufa, para além de outros poluentes.

As inscrições para participar no percurso são gratuitas e podem ser efetuadas aqui. Um pouco por todo o Mundo terão igualmente lugar centenas de eventos de mobilização durante o fim-de-semana de 20 e 21 de setembro, disponíveis em http://peoplesclimate.org. Em Portugal, terão também lugar a Marcha Contra As Alterações Climáticas – Salvem o Planeta (Rossio, Lisboa, 16h) e a Marcha Invicta pelo Ambiente (Parque da Cidade, Porto, 14h).

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publicado por Quercus às 12:43

Documentário «Disruption» propõe mobilização global contra as alterações climáticas

Segunda-feira, 08.09.14

"DISRUPTION" - a film by KELLY NYKS & JARED P. SCOTT from Watch Disruption.

Somos a primeira geração a sentir os impactos das alterações climáticas e também a última a poder fazer algo sobre o problema. O documentário 'Disruption', lançado ontem, explora a ciência, a política e os interesses por detrás das alterações climáticas, e documenta parte dos esforços da sociedade civil na tentativa de organização da maior manifestação de sempre sobre este tema, a Marcha Popular pelo Clima, agendada para o próximo dia 21 de Setembro, em Nova Iorque, dois dias antes da Cimeira informal sobre o Clima. Saiba mais em watchdisruption.com (link para download).

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publicado por Quercus às 13:06


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