Filipinos caminham 1000 quilómetros pela justiça climática
Depois da enorme Marcha pelo Clima que juntou mais de 400 mil pessoas nas ruas de Nova Iorque, a 23 de Setembro, e contou com mais de 2700 eventos em mais de 150 países, um grupo de activistas das Filipinas está a percorrer a pé os cerca de 1000 quilómetros entre a capital do país, Manila, e a cidade de Tacloban, fortemente atingida há um ano pelo super tufão Haiyan, baptizado de Yolanda nas Filipinas.
A caminhada de 40 dias arrancou a 2 de outubro, Dia Internacional da Não Violência, em direcção a Tacloban, que os filipinos passaram a chamar de “ground zero” na sequência da destruição de há um ano. A iniciativa deverá terminar a 8 de novembro, precisamente no primeiro aniversário da chegada do super tufão, que além da destruição, provocou milhares de mortos.
“Queremos prestar homenagem às comunidades que enfrentam a realidade das alterações climáticas, o risco de desastres, a pobreza e o abuso ambiental. É uma forma de lembrar ao mundo inteiro que temos de enfrentar esta realidade, esta loucura”, afirmam os promotores, que até agora já caminharam mais de 300 quilómetros.
Entre os participantes, está o principal negociador das Filipinas nas conferências internacionais sobre alterações climáticas, que há quase um ano, na COP19, em Varsóvia, anunciou em lágrimas o início de uma greve de fome contra o insucesso das negociações. Nesta caminhada, Yeb Saño volta a pedir que até 2015, na COP21, as nações do mundo cheguem a um novo acordo climático justo, equitativo, ambicioso e durável. Saiba mais em www.climatewalknow.com.