Síntese do Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC)
Acaba de ser divulgado, em Copenhaga, o relatório síntese do Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), o culminar de cinco anos de trabalho científico e a síntese dos três relatórios temáticos lançados nos últimos 12 meses.
Sumário para decisores políticos
Relatório síntese (versão alargada)
Links para todos os documentos do do Quinto Relatório de Avaliação
O documento reforça que “a influência humana sobre o sistema climático é clara” e que são igualmente claros os alertas do IPCC. “A justificação científica para darmos prioridade à acção contra as alterações climáticas é mais clara do que nunca”, disse o diretor do IPCC, Rajendra Pachauri, que alerta que já não temos muito tempo para garantir que o aumento da temperatura do planeta fique abaixo do limiar dos 2ºC.
Segundo os cientistas, "o aquecimento global é inequívoco e, desde a década de 1950, muitas das alterações observadas não têm precedentes nos últimos milénios". "Cada uma das últimas três décadas foi sucessivamente a mais quente desde 1850 e a temperatura média na superfície da Terra e dos oceanos aumentou 0,85ºC entre 1880 e 2012."
Para o IPCC, é "extremamente provável" que esta subida da temperatura fique a dever-se à acção humana sobre o planeta, sobretudo através das emissões de gases de efeito de estufa (GEE), cuja concentração na atmosfera alcançou o nível mais elevado dos últimos 800 mil anos.
Para tentar manter a subida da temperatura abaixo dos 2ºC a custos aceitáveis, será necessário diminuir globalmente as emissões de GEE entre 40 a 70% até 2050, e eliminá-las totalmente até 2100, defendem os cientistas. “Existe o mito de que a ação climática vai custar-nos muito, mas a inação vai custar-nos ainda mais”, alerta o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon.
Relatório-síntese - sumário para decisores:
IPCC Fifth Assessment Report - Summary for Policymakers por Quercus ANCN