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Domingo - dia de descanso, reflexão e estratégia

Domingo, 07.12.14

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Domingo – estamos a meio da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas em Lima. É dia de folga na COP! O recinto está fechado e aqueles que podem usam a manhã para fazer uma pequena visita ao centro de Lima. Com 10 milhões de habitantes, a capital do Perú é um verdadeiro desafio em termos de mobilidade. Os autocarros que fazem o transporte dos hotéis localizados em vários bairros, principalmente Miraflores e San Isidro, demoram mais de uma hora para chegar ao Quartel do Exército onde foi montada toda a infraestrutura da Conferência, mas hoje o trânsito está quase ausente.

Durante a tarde, pelo menos para as organizações não governamentais de ambiente e desenvolvimento, membros da Rede Internacional de Ação Climática, é tempo de fazer o balanço da primeira semana e definir a estratégia para a segunda e decisiva semana, já com a presença dos ministros a partir de terça-feira. Os textos previstos da parte dos líderes das áreas de trabalho pré-2020 e pós-2020 (isto é, supostamente antes e depois do desejado Acordo de Paris entrar em vigor; designadas working streams 1 e 2 , respetivamente), afinal já só vão ser apresentados segunda-feira.

Nesta conferência olhamos para múltiplas distâncias – como atingir o pico das emissões de gases com efeito de estufa antes de 2020, de modo a garantir um aquecimento global inferior a 2 graus Celsius em relação à era pré-industrial, quais as bases, os compromissos, e a natureza do vínculo das metas do desejado Acordo de Paris, onde 2025 e 2030 são os anos em causa, e ainda uma perspetiva de longo prazo: como estaremos em 2050? conseguiremos ter uma economia carbono zero nalguns países desenvolvidos? os combustíveis fósseis conseguirão mesmo deixar de ter o peso atual como desejável, dando o total protagonismo às energias renováveis?

Os próximos 5 a 6 dias serão muito importantes para percebermos quão longe vamos estar do necessário – sim, porque não tenhamos ilusões em relação ao que sairá de Lima e de Paris… mas podemos também ver ao contrário, e olhar para o copo meio cheio – quão melhor estaremos em relação à situação atual em que apenas temos um Protocolo de Quioto praticamente europeu (em termos de países desenvolvidos)?

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publicado por Quercus às 22:37