Lisboa penúltima na avaliação do empenho na redução dos níveis de poluição de 23 cidades europeias
É hoje divulgada, em Bruxelas, uma lista de cidades europeias que traduz os esforços das autoridades locais em implementar medidas para reduzir as emissões poluentes provenientes do tráfego rodoviário e melhorar a qualidade do ar. Nesta lista, Lisboa aparece em penúltimo lugar entre as cidades com pior desempenho na melhoria da qualidade do ar.
A lista “SootFree Cities” é divulgada pelas organizações não-governamentais de ambiente Amigos da Terra Alemanha (BUND) e o Secretariado Europeu para o Ambiente (EEB), federação da qual a Quercus é membro. Em 2015, as duas organizações, também com a participação ativa da Quercus, avaliaram o desempenho de 23 cidades em 16 países europeus, tendo em conta nove categorias de critérios relacionados com os transportes, incluindo a promoção dos modos suaves (como andar a pé e de bicicleta), a gestão do tráfego urbano, a renovação das frotas públicas pela introdução de veículos mais limpos e eficientes, e os incentivos económicos para reduzir a poluição, tais como sistemas de portagens urbanas e tarifas sobre o estacionamento. Esta lista também teve em conta o progresso das cidades europeias na redução das emissões poluentes provenientes do tráfego rodoviário.
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Milhares de cidades e vilas apagam hoje as luzes durante a "Hora do Planeta"
Mais de sete mil cidades e vilas de todo o mundo vão apagar hoje as luzes de momumentos, edifícios e até da iluminação pública, entre as 20h30 e as 21h30, na iniciativa "Hora do Planeta", promovida pela organização internacional de defesa do ambiente World Wildlife Fund (WWF). Em Portugal, vão aderir a esta nona edição pelo menos 117 municípios, numa acção conjunta sob o lema "usa o teu poder contra as alterações climáticas".
Em Lisboa, está programada uma acção mais alargada, a partir das 19h, na Praça do Martim Moniz, com a "Glow Village", evento que inclui a criação de murais artísticos com a Associação Renovar Mouraria, demonstrações de dança da escola Jazzy Dance Studios, uma aula de Zumba do Ginásio Clube Português e pinturas faciais a quem tenha kit de participação (inscrições aqui).
A "Hora do Planeta" começou em 2007, em Sidney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2.000 empresas apagaram as luzes por uma hora numa tomada de posição contra as alterações climáticas. Mais informações aqui.
Minuto Verde da Quercus sobre a "Hora do Planeta":
Hora do Planeta: Desligue as luzes no sábado 28 de Março, entre as 20h30 e as 21h30! from Quercus on Vimeo.
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Portugal ainda não transpôs Diretiva de Eficiência Energética: Políticas de eficiência energética pouco credíveis
Esta semana, enquanto os líderes europeus discutem como avançar com a União Energética em Bruxelas, é divulgado um estudo que evidencia o longo caminho que os Estados-membros ainda têm de percorrer para a implementação da legislação europeia sobre eficiência energética. De acordo com um estudo da Coligação para a Poupança de Energia*, os planos nacionais de eficiência energética que têm como objetivo reduzir o consumo de energia final em 1,5% por ano, não têm credibilidade necessária para garantir esta meta. Desde o último relatório da Coligação divulgado há um ano, os Estados-membros tiveram uma oportunidade de ouro para melhorar os seus planos, mas poucos o fizeram.
A falta de ambição dos planos nacionais mostra que o problema não está na Diretiva de Eficiência Energética, mas sim na falta de vontade política para implementar os requisitos mínimos, remover barreiras e encontrar novas medidas. Os grandes problemas em matéria de energia, ao nível europeu, não serão resolvidos e os grandes projetos não terão sucesso, a menos que a atitude sobre a implementação desta Diretiva mude radicalmente.
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ONG descontentes com falta de clareza nos compromissos europeus para o futuro acordo de Paris
A Rede de Ação Climática – Europa (CAN Europe, na sigla em inglês), que inclui a Quercus, criticou esta semana a falta de ambição dos ministros do Ambiente da UE em em relação ao acordo de Paris sobre alterações climáticas. Para a CAN, o anúncio feito pela UE é uma oportunidade perdida para definir um ponto de referência mais elevado para todos os compromissos do novo acordo global.
A meta de “pelo menos 40%” de redução de emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE) até 2030 foi acordada em Outubro pelos chefes de Estado e de Governo da UE, mas necessita de ser traduzida num compromisso a apresentar nas negociações internacionais sobre o clima que irão decorrer em Paris, no final deste ano, e de onde se espera um acordo climático global.
Apesar de alguns Estados-membros tentarem diluir a meta climática da UE, os ministros do ambiente pediram esta semana que o compromisso europeu não seja reduzido. No entanto, não conseguiram trazer clareza e credibilidade ao objectivo assumido, ao não incluir informações sobre a quantidade efectiva de redução de emissões que a UE vai concretizar a partir de 2020. Também não esclareceram como a UE poderá desbloquear a expressão "pelo menos” do seu compromisso para 2030.
"É muito decepcionante ver que a oferta da UE não é clara o suficiente sobre a forma como irá progredir para para a energia 100% renovável a para a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis", considera o diretor da Rede de Ação Climática. Segundo Wendel Trio, "a posição atual da UE não especifica como as emissões provenientes da silvicultura, as reduções feitas antes de 2020 e as reduções no exterior serão tratados. A UE não diz nada sobre estas questões cruciais, apesar de pedir a outros países para fornecer garantias de que irão medir com precisão as emissões. Este compromisso deve ser atualizado o mais rápido possível: o mundo precisa da UE para estabelecer um padrão elevado, não baixo".