'The Guardian' apela ao desinvestimento nos combustíveis fósseis
O jornal britânico The Guardian lançou recentemente a petição “Keep it in the gound” (mantenha [os combustíveis fósseis] no subsolo), que apela à Fundação Bill e Melinda Gates e ao Wellcome Trust para desinvestir nos combustíveis fósseis. A iniciativa, em parceria com a plataforma 350.org, insere-se numa campanha global contra as alterações climáticas e em defesa de uma transição para uma economia de baixo carbono.
“As alterações climáticas constituem uma ameaça real para todos, e é moralmente e financeiramente errado investir em empresas dedicadas a encontrar e a queimar mais petróleo, gás e carvão”, defendem os promotores da petição, que pede que as duas entidades assumam o compromisso de desinvestir nas 200 maiores empresas com investimentos no sector dos combustíveis fósseis, dentro de cinco anos, e suspendam imediatamente quaisquer novos investimentos nessas empresas.
A campanha fundamenta-se nas evidências de que as actuais reservas de combustíveis fósseis são mais de três vezes superiores ao que nos podemos dar ao luxo de queimar se quisermos permanecer abaixo do limite consensual para uma alteração climática perigosa, ou seja, abaixo dos 2ºC de aumento da temperatura global. Assine a petição em português.
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Finlândia vincula-se a reduzir 80% das emissões até 2050
O Parlamento da Finlândia aprovou recentemente a “Lei do Clima”, um diploma que estabelece uma meta vinculativa de pelo menos 80 por cento de redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) até 2050, em relação aos níveis de 1990.
A proposta, submetida há quase um ano, foi aprovada por 150 votos a favor e 33 contra, poucas semanas antes das eleições legislativas que terão lugar em Abril.
O diploma introduz mais transparência na elaboração de políticas climáticas e de energia, e exige do Governo planos concretos de redução de emissões, avaliados a cada quatro anos. Requer, igualmente, o acompanhamento e avaliação anual das acções tomadas e planeadas.
A decisão recebeu críticas de algumas ONG, que defendiam que o governo finlandês devia ter seguido o exemplo inglês, que define metas de emissões a cada cinco anos, em vez de uma meta de longo prazo para 2050.