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Líderes europeus falham momento para pedir mais ação climática, apesar do impacto sobre a migração

Quinta-feira, 22.10.15

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Os líderes europeus reuniram-se na semana passada, em Bruxelas, para o último Conselho Europeu antes da cimeira de Paris, em Dezembro, mas perderam uma oportunidade para reforçar a posição da União Europeia (UE) para as negociações internacionais sobre o clima.

As associações de defesa do ambiente acusam os líderes europeus de negligenciar a urgência para a ação climática, porque não conseguiram enviar o sinal certo e necessário, quer para um acordo mais forte em Paris, quer para enfrentar os desafios da migração que possam surgir no futuro.

O Conselho Europeu não adotou quaisquer conclusões sobre a posição da UE para Paris, e muito menos fortaleceu a sua ambição. Isto, apesar do fato desta ser a última reunião dos chefes de Estado europeus antes da conferência.

Para as associações de defesa do ambiente, é lamentável que os líderes europeus não tratem a crise climática com a seriedade e a urgência que ela merece. O Conselho Europeu foi o momento oportuno para decidir sobre a forma como a UE vai aumentar a sua ambição na proposta do acordo de Paris.

A posição da UE ainda contém pontos cegos importantes, como por exemplo, os seus planos de aumentar as metas climáticas atuais consideradas inadequadas, e de fornecer a sua quota parte dos 100 biliões de dólares por ano em financiamento climático prometido, em 2020.

As associações de defesa do ambiente apelam para o fato de que, sem uma ação urgente e adequada sobre o clima, a vida das pessoas estará em risco muito elevado devido aos impactes climáticos. Isto irá aumentar o movimento de pessoas em busca de segurança e de uma vida melhor no futuro.

A atual crise de migração deve ser um alerta para combater as alterações climáticas de forma urgente. Se a UE quiser evitar o cenário de ter que lidar com sucessivas crises de refugiados, vai ser necessário aumentar a sua ação climática nos próximos cinco anos. Até 2020, as associações precisam de ver mais esforços para reduzir as emissões e mais dinheiro a fluir para os países mais pobres para ajudá-los a lidar com os impactes climáticos mais devastadores que motivam as pessoas a fugirem dos seus países de origem.

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publicado por Quercus às 10:25