No rescaldo da crise VW: Quercus apela para rápida adoção de testes de emissão mais adequados e transparentes
A marca alemã Volkswagen esteve envolvida num escândalo sem precedentes na história da indústria automóvel. A marca foi acusada de fraude pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América (EPA), por incluir um dispositivo de "software" nos motores a gasóleo que permite reduzir as emissões de poluentes em laboratório, enquanto na estrada podem emitir entre 10 a 40 vezes para além do máximo permitido pela lei americana.
Mais de 11 milhões de veículos a gasóleo em todo o mundo (dos modelos Golf, Jetta, Beetle da Volkswagen e Audi A3), fabricados entre 2009 e 2015, com motores tipo EA 189 equipados com este dispositivo podem estar em causa.
A Volkswagen poderá ter de pagar multas da ordem dos 18 mil milhões de dólares (mais os custos acrescidos da retirada dos veículos do mercado e ações em tribunal). Mas o grupo terá de enfrentar consequências bastante mais graves – como a demissão dos responsáveis, queda das ações no mercado bolsista e prejuízo da imagem da marca - , sendo que o assunto está a ser investigado pelas autoridades nos EUA e um pouco por todo o mundo.
As associações de defesa do ambiente têm alertado, nos últimos anos, as entidades competentes sobre a manipulação dos testes de emissão pelos fabricantes automóveis, quer nas emissões de CO2 (e consumo de combustível), quer de outros poluentes (como óxidos de azoto e partículas, com maior impacto na poluição das cidades).
Já na semana passada, a T&E - Federação Europeia para os Transportes e Ambiente, da qual a Quercus faz parte, tinha lançado o estudo “Don’t Breathe Here” que mostra que apenas 1 em cada 10 novos veículos a gasóleo cumprem as normas de emissão EURO 6, em vigor desde 1 de setembro.
Na Europa, dos 10 milhões de novos veículos comercializados em 2014, 7,5 milhões eram movidos a gasóleo. Estudos recentes indicam que, em média, os novos veículos ligeiros a gasóleo emitem cerca de cinco vezes acima do limite permitido, em condições reais de condução (na estrada).
Um novo sistema de testes está em discussão, a nível europeu, para atestar as emissões dos veículos a gasóleo em condições reais de condução, mas não será aplicável a todos os veículos antes de 2018. Entretanto, os fabricantes de automóveis continuam a atrasar a introdução do novo teste de emissão e a adoção de novos limites de emissão para os veículos.
A Quercus considera que a UE deve iniciar uma investigação alargada sobre todos os novos veículos colocados no mercado para identificar eventuais fraudes, exigir a retirada dos modelos fraudulentos e a compensação dos consumidores.
Mais, a associação considera que a indústria automóvel deve concentrar-se na produção de veículos mais eficientes e com menores emissões poluentes na estrada, em vez de desenvolver mecanismos para contornar regras ambientais e enganar os consumidores, com prejuízo para o ambiente e a saúde pública.
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[R]evolução energética: como atingir 100% de energia renovável para todos em 2050
A Greenpeace lançou uma nova edição do relatório Energy [R]evolution "How to Achieve 100% Renewable Energy for All by 2050", onde mostra ser possível alcançar um futuro baseado em 100% de energias renováveis para todos até 2050. Fornece ainda a evidência de que a transição para um cenário de 100% energia renovável não só irá criar novos postos de trabalho na produção de energia - cerca de 20 milhões nos próximos 15 anos -, mas também o investimento necessário é mais do que pago pelas poupanças futuras em custos de combustível. O cenário 100% energia renovável significa qualidade de vida, saúde e educação. A energia renovável para todos significa igualdade de acesso à energia elétrica, incluindo a de um terço da população que atualmente não tem acesso.
As principais conclusões são:
• 100% energia renovável para todos é possível até 2050, e é a única maneira de garantir que o mundo não sofra os impactos catastróficos das alterações climáticas;
• É fundamental parar de explorar e queimar combustíveis fósseis;
• O setor das energias renováveis está a dar provas que pode transformar a produção de energia;
• Os setores da climatização e dos transportes podem também adotar energias renováveis;
• A transição para 100% energia renovável irá criar postos de trabalho;
• Os custos de investimento são enormes, mas as poupanças são ainda maiores;
• Existe um apoio crescente para um cenário de 100% energias renováveis;
• Não existem grandes barreiras económicas ou técnicas para fazer a transição para 100% de energia renovável até 2050. Esta transição exige apenas a vontade política de fazer a mudança.
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Diferença de 6 gigatoneladas nos compromissos da UE para a Cimeira de Paris
No orçamento das emissões de carbono da UE para o período 2021-2030, existe uma diferença que pode variar até 6 mil milhões de toneladas, como resultado de decisões políticas importantes que são adiadas para depois da cimeira do clima Paris, revela um estudo elaborado pela Rede Europeia para a Ação Climática (CAN-E), da qual a Quercus faz parte. Num momento em que se aproxima uma reunião extraordinária dos Ministros do Ambiente da UE, que terá lugar amanhã, para definir a posição da UE para a cimeira do clima em Paris, as associações de defesa do ambiente fazem um apelo para combater a falta de transparência, ambição e verdade das promessas da UE para Paris.
No estudo “Gigatonne gap in the EU pledge for Paris climate agreement”, as associações traduziram a meta para 2030 de, pelo menos, 40% de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) - o que constitui a contribuição da UE para o novo acordo climático a ser assinado em Paris em dezembro próximo - para a quantidade exata de emissões GEE que a UE poderia emitir entre 2021 e 2030. A análise revela que, dependendo das escolhas políticas que os Estados-membros da UE irão tomar depois da cimeira de Paris, o "orçamento de carbono" da UE para o período de 2021 até 2030 vai variar entre 37 a 43 mil milhões de toneladas de emissões de GEE.O que significa uma diferença de 6 mil milhões de toneladas, substancialmente mais do que as emissões anuais atuais da UE (4,5 mil milhões de toneladas em 2012) e seis vezes mais do que as emissões anuais do sector de transportes (0,9 mil milhões de toneladas em 2012).
A UE é um forte defensora do princípio de "não retrocesso", pedindo aos países para definirem metas mais ambiciosas a partir de 2020 do que antes. Para a própria União Europeia, isto significa ir além da meta do Protocolo de Quioto de 20% para o período 2013-2020. A análise deste estudo da CAN-Europa revela que, no cenário mais ambicioso, as reduções de emissões médias anuais entre 2021 e 2030 será de cerca de 35% abaixo do nível de emissões de 1990, no pior dos casos - apenas cerca de 25%. O que significa que, em vez de diminuir significativamente as emissões, a UE iria reduzir apenas marginalmente em relação à sua meta estabelecida no Protocolo de Quioto.
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Apenas um em cada 10 veículos novos a diesel é limpo e eficiente
Os principais fabricantes de automóveis estão a comercializar veículos a gasóleo que não cumprem na estrada os limites de poluição dos veículos definidos ao nível europeu, de acordo com dados obtidos pela Federação Europeia para os Transportes e Ambiente (T&E) da qual a Quercus faz parte. Todos os novos veículos a gasóleo deveriam estar a cumprido as normas de emissão Euro 6 desde 1 de setembro - mas apenas um em cada 10 cumpre estas normas, segundo os testes realizados.
Em média, os novos veículos a gasóleo colocados no mercado europeu produzem emissões cerca de cinco vezes superiores ao limite permitido. Os resultados foram compilados num novo estudo “Don’t Breathe Here”, hoje divulgado, em que a T&E analisa os dados mais recentes sobre a violação dos limites de emissão de poluentes emitidos pelos veículos. De todos, o pior desempenho foi da marca Audi, com emissões 22 vezes superiores ao limite permitido.
Na realidade, apenas três dos 23 novos veículos testados cumprem as normas de emissão, quando testados em condições reais de condução (na estrada). A principal razão é o recurso a sistemas de tratamento de gases de escape, mais baratos e menos eficazes, nos novos veículos introduzidos no mercado europeu, porque os sistemas de testes são inadequados, de acordo com dados recentemente divulgados pelo ICCT. O custo de instalação de um sistema de tratamento de emissões poluentes nos veículos a gasóleo é de cerca de 300 Euros. Por outro lado, os veículos a gasóleo comercializados nos EUA pelos mesmos fabricantes usam sistemas de tratamento de gases de escape mais eficientes e produzem menores emissões.
Pela primeira vez, um novo teste de emissões a ser introduzido não antes de 2018 permitirá medir as emissões dos veículos a gasóleo em condições reais de condução. Enquanto isso, os fabricantes de automóveis continuam a desenvolver esforços para atrasar a introdução dos novos testes, exigindo alterações às regras acordadas em julho.
O atual regime de testes, com mais de 30 anos, tem conduzido a ultrapassagens dos valores limite de dióxido de azoto por toda a Europa, com agravamento de problemas respiratórios, como a asma em pessoas vulneráveis, e redução da esperança média de vida em zonas mais poluídas. No Reino Unido, onde o número de veículos a gasóleo aumentou de 1,6 para 12 milhões desde 1994, uma agência governamental de saúde averiguou que milhares de pessoas sofreram ataques durante episódios de poluição ocorridos durante a última primavera, sobretudo partículas e dióxido de azoto, poluentes tipicamente emitidos pelos veículos a gasóleo. Estimativas apontam que o número de mortes prematuras em Londres também duplicou, porque os efeitos na saúde causados pelo dióxido de azoto foram incorporados na análise.
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Governação climática não chega para ficar abaixo dos 2ºC
Os objetivos climáticos nacionais (INDC) até agora apresentadas à ONU pelos governos presentes em Bona, não é suficiente para manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC, mostra o estudo divulgado hoje por 4 identidades independentes e liderado pelo Climate Action Tracker (CAT).
Vinte e nove países, que representam cerca de 65% das emissões globais, já apresentaram as suas contribuições nacionais (INDCs, na sigla em inglês). O CAT avaliou 15 INDC, correspondente a 64,5% das emissões globais. Nesta avaliação apenas 2 países apresentaram INDC "suficientes" coerentes com o objetivo dos 2ºC: Marrocos e Etiópia. A avaliação de adequação "média" foi atribuída a 6 países (China, União Europeia, México, Noruega, Suíça e Estados Unidos da América). As contribuições de Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Singapura, Coreia do Sul e Rússia foram consideradas inadequadas, por não serem contribuições justas de praticamente todos os parâmetros analisados.
A maioria dos governos que já apresentaram os seus INDC precisa de rever os seus objetivos à luz do objetivo global e, na maioria dos casos, reforçá-los. Aqueles que ainda estão a trabalhar as suas metas precisam de garantir que atingem o maior contributo possível.
Os dez maiores emissores que ainda não apresentaram as suas contribuições nacionais são: a Índia, o Brasil, Irã, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Paquistão, representando em conjunto 18% das emissões das emissões globais ainda não abrangidos por INDCs.
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Eventos meteorológicos extremos de 2015: a culpa é das alterações climáticas?
O site de notícias climáticas 'RTCC' (Responding To Climate Change) passou em retrospetiva vários eventos meteorológicos extremos que têm pontuado o ano de 2015, entre recordes de temperatura, ondas de calor e um 'El Niño' no próximo Inverno que se prevê ser o mais forte dos últimos 50 anos.
O passado mês de Julho foi o mês mais quente de sempre em todo o globo, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês).
Desde ondas de calor na Europa, Médio Oriente e Ásia do Sul a cheias nos Estados Unidos e em África, muitos analistas e comentadores apontaram rapidamente o dedo às alterações climáticas.
Temperaturas em superfícies terrestres e oceânicas em Julho de 2015 (NOAA)
Fonte: http://www.rtcc.org
Contudo, com um efervescente El Niño no Pacífico que se prevê vir a gerar um pico de episódios extremos, até que ponto podemos dizer de forma precisa que as alterações climáticas também têm a sua quota parte de culpa nestes eventos?
Segundo a NOAA, qualquer conclusão fiável deve ser feita com um tempo de intervalo, de modo a ter em conta todos os fatores relevantes para a análise.
Mas há quem pense de forma diferente, como Stefan Rahmstorf, professor no Potsdam Institute for Climate Impact Research, segundo o qual há margem para estabelecer aquela relação de causa-efeito, mesmo numa primeira fase.
Assumindo que é difícil atribuir de forma linear a ocorrência de um evento meteorológico em particular às alterações climáticas, os dados a longo prazo fornecem uma base para avaliar a probabilidade desta correlação.
De acordo com Rahmstorf, tal é possível mesmo durante um período de ocorrência do El Niño. Enquanto este último gera um pico isolado a nível de dados meteorológicos, as tendências verificadas no longo prazo apontam para as alterações climáticas.
No artigo completo, é feita uma análise em pormenor de vários eventos meteorológicos extremos que marcaram o presente ano:
- o ciclone Pam no sul do Pacífico
- o mês de Maio mais quente de sempre no Alaska
- inundações repentinas nos Estados norte-americanos do Texas e Oklahoma
- a segunda mais mortífera onda de calor de sempre na Índia (algumas estradas chegaram a derreter)
- onda de calor mortífera no Paquistão
- onda de calor na Europa em Julho, com a Alemanha a registar o dia mais quente de sempre desde que há registos
- onda de calor no Irão e Iraque, com temperaturas a excederem em Agosto os 50ºC neste último
- inundações no Gana
- seca severa na Califórnia, EUA
- as piores inundações das últimas décadas no Myanmar (antiga Birmânia)
- a maior seca dos últimos 80 anos no Brasil
No que respeita à sistemática ocorrência de ondas de calor nos últimos meses, Stefan Rahmstorf afirmou ao RTCC que perante este "aumento sistemático dos picos de calor, a causa lógica é o aquecimento global".
O artigo original está disponível na íntegra aqui (em inglês).
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Energia limpa é a chave para combater a pobreza no mundo
A afirmação é do Banco Mundial, que rejeita a tese defendida pela indústria da energia de que o carvão é uma solução para pôr fim à pobreza.
As populações em extremas condições de pobreza só poderão sair dessa situação com acesso a fontes de energia fiáveis. Mais de um milhão de pessoas vivem hoje sem acesso a energia, não podendo desenvolver um negócio, dar luz aos mais novos para estudar ou até cozinhar facilmente.
Acabar com a pobreza implica combater as alterações climáticas, que afetam todos os países e pessoas. As populações com menos capacidade para se adaptarem - as mais pobres e vulneráveis - serão as mais atingidas, retrocedendo décadas de esforço de desenvolvimento.
Como se pode, então, alcançar o duplo objetivo de, por um lado, aumentar a produção energética e torná-la acessível aos que não a têm e, por outro, reduzir drasticamentem as emissões resultantes de fontes poluentes como o carvão, de cuja queima resulta o dióxido de carbono, principal responsável pelas alterações climáticas?
Não há uma resposta simples e ao mesmo tempo não é justo pedir às comunidades mais pobres para adiarem o acesso à energia porque o mundo desenvolvido já emitiu demasiado carbono para a atmosfera.
Há que parar de subsidiar os combustíveis fósseis
Segundo o Banco Mundial, a resposta ao problema passa por cinco áreas chave: construir cidades sustentáveis, resilientes às alterações climáticas; transitar para modelos agrícolas inteligentes e adaptados às mesmas; apostar na eficiência energética e nas energias renováveis; apoiar o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis e aumentar o preço do carbono para também fazer subir o custo das emissões.
Tal abordagem pressupõe uma separação entre crescimento económico e as emissões de carbono. O crescimento das economias é desejável para uma maior prosperidade, mas pelo caminho é necessário compatibilizá-lo com o corte nas emissões de gases com efeito de estufa.
Já são visíveis algumas mudanças, nomeadamente em países que estão a mudar o seu modelo energético dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, através de investimentos consideráveis em fontes como a hidroelétrica, a geotérmica, a solar e a eólica. Entre 2010 e 2012, o incremento das energias renováveis modernas cresceu 4% a nível global. O leste asiático liderou esse esforço, representando 42% na nova produção renovável.
Traduzido parcialmente do artigo mais completo disponível em The Guardian.
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Estradas elétricas podem estar a caminho da Inglaterra
Os britânicos poderão "brevemente" conduzir em estradas elétricas, segundo planos divulgados pela Highways England.
A agência governamental anunciou estar a analisar a possibilidade das auto-estradas e estradas principais serem equipadas com tecnologia sem fios de transferência de energia, que poderia ser colocada por baixo do pavimento da rodovia.
A Highways England completou já um estudo de viabilidade e de execução financeira, depois do Governo se ter comprometido em disponibilizar 500 milhões de libras nos próximos cinco anos para manter o país na vanguarda tecnológica.
Utilizando a mais recente tecnologia de transferência de energia, o projeto iria basear-se na construção de redes sem fios debaixo das auto-estradas e estradas principais de todo o país, permitindo que os veículos elétricos recarreguem as suas bateriais enquanto circulam.
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Cientistas alertam para danos sem precedentes nas florestas de todo o mundo
As florestas de todo o mundo estão a ser afetadas pela ação do homem, tanto de forma direta através da desflorestação, como indireta devido às alterações climáticas, segundo afirmam especialistas numa edição especial da revista Science.
Num conjunto de revisões aos últimos estudos sobre o estado das florestas mundiais, a comunidade científica concluiu que elas estão longe de estar na sua melhor forma, por terem vindo a enfrentar os efeitos das alterações climáticas ao longo do século. Isso poderá afetar a sua capacidade futura de absorver e armazenar carbono.
Distribuição da floresta
As florestas mundiais podem dividir-se, de uma forma genérica, em três categorias segundo o local onde se encontram. Temos o clima quente e húmido das florestas tropicais nas regiões equatoriais; o clima ameno das florestas temperadas nas latitudes médias e o frio extremo das florestas boreais no Norte.
Distribuição das florestas mundiais. Créditos: Nicolle Rager Fuller, National Science Foundation.
As florestas tropicais albergam metade das espécies vegetais e animais de todo o planeta. O impacto de ações humanas como a desflorestação e o abate ilegal para cultivo ou exploração mineira deixaram menos de um quarto dessas florestas tropicais intactas, segundo os cientistas. Os três quartos restantes estão já ou fragmentados ou degradados.
As áreas a cinzento no mapa em baixo mostram a desflorestação desde 1700. As áreas vermelhas mostram os locais recentemente afetados por esta prática. No próximo século, a ameaça da desflorestação será crescente, combinada com os iminentes impactos das alterações climáticas.
Tradução parcial do artigo completo disponível aqui
Fonte: carbonbrief.org
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Alterações climáticas são vistas como uma das maiores ameaças globais
Em contagem decrescente para a Conferência das Nações Unidas sobre Clima de Paris, já em Dezembro próximo, muitos públicos de todo o mundo consideram que as alterações climáticas são uma das maiores ameaças globais. Esta é a conclusão de um inquérito realizado pelo Pew Research Center a 45,435 entrevistados de 40 países entre 25 de Março e 27 de Maio de 2015, quanto à sua percepção face aos vários problemas e desafios internacionais da atualidade. Portugal não está entre os países abrangidos pelo inquérito
O receio face às consequências das alterações climáticas é particularmente sentido na América Latina e África, onde a maior parte dos países inquiridos afirma estar muito preocupado com esta questão.
O estudo concentra-se especificamente nos entrevistados que revelaram estar "muito preocupados" com cada assunto, das alterações climáticas a outras questões de ordem política, económica e de segurança.
Mapa - Principal preocupação apontada (por continente)
Tabela - Percentagem de respostas 'Muito preocupado com" atribuídas a cada problema (por país)
Clicar para aceder à tabela completa
Fonte: pewglobal.org