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Apelo para Turquia abandonar o plano do carvão

Quinta-feira, 15.10.15

A Turquia poderá vir a tornar-se a nova bomba climática na Europa, apoiada por empresas públicas francesas. Por toda a Europa, as associações de defesa do ambiente estão a pedir à França para abandonar os projetos para a construção de novas centrais a carvão na Turquia.

A França está a seguir dois caminhos distintos e inaceitáveis, na antecipação da próxima Cimeira do Clima de Paris, em Dezembro próximo. Por um lado, o governo anuncia o aumento do financiamento climático e proíbe créditos de exportação para o carvão, mas por outro lado as empresas parcialmente públicas Engie e EDF estão a desenvolver grandes projetos para o carvão - principalmente fora da Europa. Juntas, estas empresas operam 46 centrais a carvão, a nível mundial.

A Engie quer aumentar a sua capacidade de produção a partir do carvão, como demonstram os planos para a nova central Ada Yumurtalik, na Turquia (1.320 MW), para além da construção de novas centrais que se estendem desde a Mongólia até ao Brasil e Chile. A Rede Europeia de Ação Climática (CAN Europe) expôs os planos da nova central Ada Yumurtalik na Turquia, entre outros. 

Esta semana, várias associações de defesa do ambiente, principalmente da França e da Turquia, enviaram uma carta ao Presidente francês Hollande, apelando ao fim dos projetos para a construção de novas centrais a carvão da Engie na Turquia, antes da Cimeira do Clima em Paris.

Segundo estas associações, a Turquia está a mostrar sinais de uma total falta de ambição climática, com planos para a construção de  75 novas centrais para produção de energia. O país pode  tornar-se, assim, uma verdadeira bomba climática. Se o apoio francês aos novos planos de política energética estiver fora da mesa, serão limitadas as chances da Turquia travar a sua dependência a partir de combustíveis fósseis nas próximas décadas.

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publicado por Quercus às 14:00


1 comentário

De Humberto a 18.10.2015 às 12:38


Sempre que estas organizações ditas ambientalistas se vêem confrontadas entre escolher o bem-estar das pessoas e o que julgam ser o bem-estar do ambiente... quase sempre escolhem o bem-estar do ambiente principalmente se o assunto "CO2" estiver presente.
(Honra seja feita à excepção da Quercus em relação ao projectado parque eólico de Moncorvo.)

Preferem negar a um país e à sua população o bem-estar e o progresso proporcionado pela energia barata do que abdicar momentânea e parcialmente das suas convicções por um bem maior...

Estas centrais a carvão vão ser construídas quer vocês (organizações ambientalistas) queiram quer não. Não seria então muito mais vantajoso para todos trabalharem em conjunto com as empresas energéticas aconselhando-as a construir as centrais a carvão de última geração que são muito menos poluentes e até emitem consideravelmente menos do vosso injustamente odiado CO2 do que andarem nestas guerrinhas que não levam a lado nenhum?


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