Aviação e transporte marítimo no acordo de Paris: o apoio dos deputados portugueses é fundamental!
A Federação Europeia para os Transportes e Ambiente (T&E), da qual a Quercus é membro, lançou recentemente a iniciativa “Elephants in the Room” (elefantes na sala). Esta campanha é um apelo aos países participantes na COP21, em Paris, para exercerem pressão junto da Organização para a Aviação Civil Internacional (ICAO, da sigla em inglês) e da Organização Marítima Internacional (IMO, da sigla em inglês) no sentido de estabelecerem metas de redução de emissões para os dois setores – aviação e transporte marítimo internacional - consistentes com o objetivo de limitar o aquecimento global em apenas 2ºC e de adotarem as medidas necessárias para cumprir este objectivo.
O setor da aviação é responsável por 5% do aquecimento global de origem antropogénica, enquanto o transporte marítimo internacional emite cerca de 3% das emissões globais de gases com efeito de estufa. Sem uma ação urgente, as emissões de gases com efeito de estufa da aviação e do transporte marítimo internacional poderão aumentar, 250% e 300%, respectivamente, até 2050.
Se o acordo climático a definir em Paris no próximo mês não abranger objetivos de redução de emissões para estes dois sectores, não será possível limitar o aquecimento global em apenas 2ºC. Estes dois sectores são cruciais para a economia global, mas o seu crescimento deve ser sustentado no futuro, salvaguardando os recursos do planeta, e sobretudo, dos países mais vulneráveis do mundo.
José Inácio Faria, um dos deputados portugueses no Parlamento Europeu, já deu o seu apoio a esta iniciativa.
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2 comentários
De humberto a 22.11.2015 às 15:06
Não é fácil perceber porque razão hão-de querer travar o aquecimento global que se iniciou com o fim em 1850 da Pequena Idade do Gelo e que dizem (em previsões sempre erradas) irá continuar nas próximas décadas.
Não estão satisfeitos por a Pequena Idade do Gelo ter terminado? Eu decididamente estou pois foi o seu fim que permitiu a era industrial e todo o desenvolvimento tecnológico e social verificado desde então.
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«O setor da aviação é responsável por 5% do aquecimento global de origem antropogénica,»
Não existe aquecimento global de origem antropogénica. Existe aquecimento local de origem antropogénica como nas "ilhas de calor" formadas pelas cidades que retêm o calor do sol em grandes quantidades nas suas muitas superfícies de alcatrão, pedra, betão, cerâmica, etc., mas global... só em sonhos, nos vossos sonhos!
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«enquanto o transporte marítimo internacional emite cerca de 3% das emissões globais de gases com efeito de estufa.»
O que vocês ambientalistas chamam de "efeito de estufa" é apenas um fenómeno físico chamado "retenção de calor".
Qualquer substância (sólidos, líquidos ou gases - azoto, oxigénio, árgon, vapor de água, dióxido de carbono, metano, ozono, etc.) aquece quando sujeita a uma fonte de calor (por exemplo o Sol) mas logo que essa fonte de calor deixa de incidir sobre esse sólido, líquido ou gás imediatamente o calor armazenado começa a libertar-se e a substância arrefece.
A estufa, por seu lado, é concebida para aprisionar o calor mesmo depois de a fonte de calor ter desaparecido.
Dizer que existem gases com efeito de estufa (que aprisionam o calor) é atribuir aos gases características que estes não têm. Os gases (como qualquer outra substância ou material) de facto armazenam calor quando sujeitos a uma fonte de calor (pode ser o Sol durante o dia mas também podem ser os mares ou oceanos durante a noite a aquecer a atmosfera) mas imediatamente o libertam quando deixam de estar sob a influência dessa fonte de calor, não o aprisionam.
Neste aspecto, os gases em nada são diferentes de uma estátua, de uma pedra ou de um martelo quando expostos ao sol e quando deixam de estar expostos ao Sol. É apenas a Retenção de Calor em funcionamento.
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« Sem uma ação urgente, as emissões de gases com efeito de estufa da aviação e do transporte marítimo internacional poderão aumentar, 250% e 300%, respectivamente, até 2050.»
Isso talvez fosse preocupante se realmente existisse "efeito de estufa" na atmosfera.
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«Se o acordo climático a definir em Paris no próximo mês não abranger objetivos de redução de emissões para estes dois sectores, não será possível limitar o aquecimento global em apenas 2ºC.»
Parece-me muito mais preocupante a grande descida de temperatura verificada esta noite e que se prolongará por mais alguns dias e ainda nem chegámos ao Inverno!
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«Estes dois sectores são cruciais para a economia global, mas o seu crescimento deve ser sustentado no futuro, salvaguardando os recursos do planeta, e sobretudo, dos países mais vulneráveis do mundo.»
Perfeitamente de acordo. Pena é que os ambientalistas adeptos do alarmismo climático tenham optado pela via errada que nunca irá produzir qualquer resultado.
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«José Inácio Faria, um dos deputados portugueses no Parlamento Europeu, já deu o seu apoio a esta iniciativa.»
Nem podia deixar de o fazer. Seria uma enorme contradição o governo deixar de apoiar essas medidas e depois continuar na mesma a cobrar os muitos impostos inventados nos últimos anos para taxar o CO2 e que muito dinheiro dão aos cofres do estado.
De humberto a 22.11.2015 às 15:07
Ora leiam muito atentamente a segiunte notícia para terem ideia do valor dos impostos cobrados só em Portugal:
http://economico.sapo.pt/noticias/receit
«Receitas com impostos ambientais crescem o dobro da carga fiscal
Em 2014, as receitas de impostos que incidem sobre bens e serviços com potencial impacto negativo sobre o ambiente subiram 4,2% face a 2013.
Os dados revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que em 2014 os impostos com relevância ambiental permitiram um encaixe de 3,87 mil milhões de euros no ano passado e que metade (51,5%) são pagos pelas famílias.
Este valor representou um aumento de 4,2% face a 2013, "o que compara com uma variação de 2,1% observada para o total da receita de impostos e contribuições sociais", avança o INE.
No entanto, apesar da subida - a segunda consecutiva -, os impostos ambientais estão ainda longe do nível de cobrança registado em 2011, quando estas receitas somavam quatro mil milhões de euros.
Ainda assim, estes impostos estão a ganhar importância na estrutura dos impostos cobrados em Portugal. Em 2014, valiam 6,5%, após quatro anos seguidos diminuições.
Em 2009, os impostos ambientais pesavam 8,1% no total de impostos e contribuições sociais, "tendo decrescido consecutivamente até 2013, ano em que se registou o valor de 6,4%".
Quanto ao peso destes impostos no PIB, os cálculos do INE apontam para um valor de 2,2%, tanto em 2013 como em 2014.
Entre os impostos que incidem sobre bens e serviços com potencial impacto negativo no ambiente estão o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (que valem 71,7% do total destes impostos), o Imposto Único de Circulação (13,9%), o Imposto sobre Veículos (12,3%), outros impostos sobre a energia, impostos sobre os recursos e impostos sobre a poluição.
Segundo o INE, "verifica-se que a evolução dos impostos sobre a energia apresenta um comportamento, em geral, semelhante ao das vendas de gasolinas e gasóleo, em volume". Ou seja, quando a venda de combustíveis sobe, as receitas acompanham este crescimento.
A melhoria verificada em 2013 e 2014, nos impostos sobre a energia, é explicada pela "introdução das receitas com os leilões de licenças de emissão de gases com efeito de estufa, que são contabilizadas nesta categoria", justifica o instituto estatístico.
Além disso, e no que respeita aos impostos sobre os transportes, destaque para o Imposto Único de Circulação, que incide sobre automóveis já existentes, e que apresenta um "um crescimento ao longo da série em análise".
"Este comportamento é explicado essencialmente pela reforma global da tributação automóvel, que entrou em vigor em 2007, que introduziu um agravamento da tributação ao longo do período de vida do veículo", avança o INE.
Apesar do aumento das receitas com este tipo de impostos, Portugal está ao nível dos restantes países da União Europeia. Já que no que toca ao peso destes impostos no PIB, Portugal está abaixo da média da UNE, 2,2% contra 2,5% (na UE a 28).
O INE revela ainda que as famílias pagam metade deste tipo de impostos e, entre as empresas, as que mais contribuíram para este bolo são as do sector do Comércio, Reparação automóvel, transportes e armazenagem, alojamento e restauração.
Quanto às taxas, os dados apresentados pelo INE e que se referem a 2013 revelam que uma cobrança de 715,5 milhões de euros, 3,9% mais do que em 2012, sobretudo "pelo aumento da cobrança das taxas de recolha e tratamento de resíduos sólidos efectuada pelos municípios", e que valem 82,6% do total de receita. »