Compromissos de redução cumprem apenas metade do caminho para travar alterações climáticas
Os governos terão de aumentar os esforços para limitar as emissões de carbono, a fim de evitar as consequências das alterações climáticas, segundo um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado em antecipação da cimeira de Paris.
Os atuais esforços globais para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa correspondem apenas a metade das reduções que são necessárias, de acordo com a análise da ONU.
O relatório sugere que os governos terão de ir muito mais longe nas suas promessas de limitar as emissões futuras de dióxido de carbono, as quais foram submetidas à ONU antes da conferência sobre as alterações climáticas a decorrer em Dezembro, em Paris.
Encontrar os meios para os governos aumentarem a ambição dos seus compromissos de redução das emissões é um dos componentes-chave das negociações de Paris. O Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) divulgou um novo relatório, reforçando que os níveis das emissões globais não devem ultrapassar as 48 gigatoneladas (Gt) de dióxido de carbono equivalente em 2025, e 42 Gt em 2030, se o mundo quiser limitar o aquecimento global a não mais do que 2ºC, em média, acima das temperaturas na época pré-industrial. O limite de 2ºC é internacionalmente reconhecido pelos cientistas como um limite de segurança, além do qual as consequências das alterações climáticas - como secas, inundações, ondas de calor e subida do nível do mar - serão suscetíveis de alcançar uma dimensão catastrófica e irreversível.
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1 comentário
De humberto a 22.11.2015 às 14:04
Um novo relatório? Não me parece nada novo, as palavras deste relatório já foram repetidas tantas vezes em anteriores relatórios que este "novo" relatório não parece mais do que uma cópia de anteriores.
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«Os atuais esforços globais para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa correspondem apenas a metade das reduções que são necessárias, de acordo com a análise da ONU.»
Se os modelos climáticos (os tais programas informáticos usados para prever o futuro de acordo com determinados pressupostos) sempre falharam nas previsões... como podem fazer agora afirmações dessas?
Não vão agora dizer que tais modelos climáticos melhoraram subitamente de qualidade?
Não passam de afirmações atiradas ao ar a ver se colam...
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» se o mundo quiser limitar o aquecimento global a não mais do que 2ºC, em média, acima das temperaturas na época pré-industrial.»
Mais uma vez usam as temperaturas da época pré-industrial, época em que o mundo tinha acabado de sair de uma Pequena Idade do Gelo (sem, no entanto, sequer mencionarem este pormenor), para convenientemente deturparem e esconderem a verdadeira razão do aquecimento global verificado durante o século 20.
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«O limite de 2ºC é internacionalmente reconhecido pelos cientistas como um limite de segurança, além do qual as consequências das alterações climáticas - como secas, inundações, ondas de calor e subida do nível do mar - serão suscetíveis de alcançar uma dimensão catastrófica e irreversível.»
Durante o período do Império Romano não havia as emissões de gases ditos de "efeito de estufa" que há agora e as temperatura foram mais altas nessa altura do que actualmente. Talvez queiram explicar por que razão tal aconteceu. Aproveitem e enumerem também que eventos climáticos catastróficos as pessoas sofreram nessa altura.