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Diferença de 6 gigatoneladas nos compromissos da UE para a Cimeira de Paris

Quinta-feira, 17.09.15

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No orçamento das emissões de carbono da UE para o período 2021-2030, existe uma diferença que pode variar até 6 mil milhões de toneladas, como resultado de decisões políticas importantes que são adiadas para depois da cimeira do clima Paris, revela um estudo elaborado pela Rede Europeia para a Ação Climática (CAN-E), da qual a Quercus faz parte. Num momento em que se aproxima uma reunião extraordinária dos Ministros do Ambiente da UE, que terá lugar amanhã, para definir a posição da UE para a cimeira do clima em Paris, as associações de defesa do ambiente fazem um apelo para combater a falta de transparência, ambição e verdade das promessas da UE para Paris.

No estudo “Gigatonne gap in the EU pledge for Paris climate agreement”, as associações traduziram a meta para 2030 de, pelo menos, 40% de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) - o que constitui a contribuição da UE para o novo acordo climático a ser assinado em Paris em dezembro próximo -  para a quantidade exata de emissões GEE que a UE poderia emitir entre 2021 e 2030. A análise revela que, dependendo das escolhas políticas que os Estados-membros da UE irão tomar depois da cimeira de Paris, o "orçamento de carbono" da UE para o período de 2021 até 2030 vai variar entre 37 a 43 mil milhões de toneladas de emissões de GEE.O que significa uma diferença de 6 mil milhões de toneladas, substancialmente mais do que as emissões anuais atuais da UE (4,5 mil milhões de toneladas em 2012) e seis vezes mais do que as emissões anuais do sector de transportes (0,9 mil milhões de toneladas em 2012).

A UE é um forte defensora do princípio de "não retrocesso", pedindo aos países para definirem metas mais ambiciosas a partir de 2020 do que antes. Para a própria União Europeia, isto significa ir além da meta do Protocolo de Quioto de 20% para o período 2013-2020. A análise deste estudo da CAN-Europa revela que, no cenário mais ambicioso, as reduções de emissões médias anuais entre 2021 e 2030 será de cerca de 35% abaixo do nível de emissões de 1990, no pior dos casos - apenas cerca de 25%. O que significa que, em vez de diminuir significativamente as emissões, a UE iria reduzir apenas marginalmente em relação à sua meta estabelecida no Protocolo de Quioto.

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publicado por Quercus às 07:52


1 comentário

De Humberto a 21.09.2015 às 10:48


A CAN-E... outra vez.... da qual a quercus..... também faz parte...... que bom........... (Perdão, deixei-me adormecer por um breve instante.)


«Num momento em que se aproxima uma reunião extraordinária dos Ministros do Ambiente da UE, que terá lugar amanhã, para definir a posição da UE para a cimeira do clima em Paris, as associações de defesa do ambiente fazem um apelo para combater a falta de transparência, ambição e verdade das promessas da UE para Paris.»

E por que acham que existe essa «falta de transparência, ambição e verdade das promessas da UE para Paris»?


«No estudo “Gigatonne gap in the EU pledge for Paris climate agreement”, as associações traduziram a meta para 2030 de, pelo menos, 40% de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE)»

Mais um... estudo..... que...... admiração....... (Perdão, deixei-me adormecer outra vez.)


Curioso que nesse estudo supostamente sobre os famosos "gases de efeito de estufa" nem uma referência tenha sido feita... nem uma mesmo pequenina, mesmo mesmo pequenina, tenha sido feita ao que é de longe, de muito longe, de muito muito longe (até faz lembrar a canção), o mais importante de todos eles: o vapor de água!


Senhoras e senhores, meninas e meninos (que cavalheiro que eu sou!) apresento-vos o grandioso, o fantástico...

VAPOR DE ÁGUA
DE ÁGUA
ÁGUA
ÁGUA
ÁGUA


E assim, mais uma vez... mais um pobre estudo perde, logo à partida, toda e qualquer credibilidade.

Que azar, hein?


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