Eventos meteorológicos extremos vão provocar maiores quebras na produção alimentar mundial
De acordo com um relatório recente, o aumento dos fenómenos meteorológicos extremos derivados do aquecimento global do planeta tornará três vezes mais provável, dentro de 25 anos, a ocorrência de grandes quebras na produção alimentar mundial.
A probabilidade de ocorrer um choque deste género é atualmente de uma vez em cem anos, num cenário onde a produção dos quatro maiores produtos agrícolas de base - milho, soja, trigo e arroz - cai cerca de 5 a 7%.
No entanto, eventos deste género vão verificar-se a cada 30 anos em 2040, segundo um estudo desenvolvido por uma unidade especial britânica e americana sobre resiliência da alimentação global face a eventos climáticos extremos.
Tal quebra na produção agrícola poderá deixar populações de países em desenvolvimentos em situações precárias e vulneráveis, com os Estados Unidos e o Reino Unido a ficarem "muito expostos à consequente instabilidade e conflito".
Por outro lado, tais choques poderiam também resultar numa subida do índice dos preços da alimentação das Nações Unidas, que avalia o preço internacional das principais matérias-primas, em em 50%.
Este relatório, apoiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth, salienta que a ocorrência de eventos meteorológicos extremos, tais como inundações e secas, serão tão mais significantivos quanto maior for o aumento das temperaturas médias e da precipitação.
Uma maior volatilidade da produção alimentar irá afetar principalmente os países em desenvolvimento que registam maiores níveis de pobreza e de instabilidade política, tais como os países do Golfo e da África subsariana.
Adaptado de: aqui