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Governação climática não chega para ficar abaixo dos 2ºC

Quarta-feira, 02.09.15

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Os objetivos climáticos nacionais (INDC) até agora apresentadas à ONU pelos governos presentes em Bona, não é suficiente para manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC, mostra o estudo divulgado hoje por 4 identidades independentes e liderado pelo Climate Action Tracker (CAT).

Vinte e nove países, que representam cerca de 65% das emissões globais, já apresentaram as suas contribuições nacionais (INDCs, na sigla em inglês). O CAT avaliou 15 INDC, correspondente a 64,5% das emissões globais. Nesta avaliação apenas 2 países apresentaram INDC "suficientes" coerentes com o objetivo dos 2ºC: Marrocos e Etiópia. A avaliação de adequação "média" foi atribuída a 6 países (China, União Europeia, México, Noruega, Suíça e Estados Unidos da América). As contribuições de Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Singapura, Coreia do Sul e Rússia foram consideradas inadequadas, por não serem contribuições justas de praticamente todos os parâmetros analisados. 

A maioria dos governos que já apresentaram os seus INDC precisa de rever os seus objetivos à luz do objetivo global e, na maioria dos casos, reforçá-los. Aqueles que ainda estão a trabalhar as suas metas precisam de garantir que atingem o maior contributo possível.

Os dez maiores emissores que ainda não apresentaram as suas contribuições nacionais são: a Índia, o Brasil, Irã, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Paquistão, representando em conjunto 18% das emissões das emissões globais ainda não abrangidos por INDCs.

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publicado por Quercus às 15:23


3 comentários

De Humberto a 03.09.2015 às 10:46

Lamento informar mas, para não variar, esse gráfico apenas mostra as já famosas projecções baseadas em suposições tão características de anteriores e semelhantes estudos.

projecções:

- resumem-se a especulações por serem resultantes de modelos climáticos informáticos duvidosos que, inevitavelmente, sempre se mostraram errados já que nunca o clima global se comportou como previsto por esses modelos, nunca tais modelos acertaram em alguma das suas projecções (e querem que acreditemos que é desta que acertam!);

suposições:

- que as metas definidas pelos países serão mais ou menos respeitadas;

- e, ilusão das ilusões, que o clima global se comportará de acordo com os (incompletos e frequentemente errados) pressupostos por detrás de tais modelos climáticos que são a base de sustentação de toda a teoria das "alterações climáticas" ou, como esse imaginativo gráfico tenta mostrar, do "aquecimento global" culpa das emissões não naturais de CO2.


«A avaliação de adequação "média" foi atribuída a 6 países (China, União Europeia, México, Noruega, Suíça e Estados Unidos da América)»

A credibilidade das informações já chegou, infelizmente, a um tal nível que já nem se importam de nos "informar" que agora a União Europeia passou a ser considerado país...


«As contribuições de Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Singapura, Coreia do Sul e Rússia foram consideradas inadequadas»

Pudera! É que há países que, de uma maneira ou de outra, são obrigados, pelas suas próprias circunstâncias, a enfrentar a dura realidade dos factos.

Uns a nível económico (como julgo que seja evidente) e outros como a Rússia (de que já aqui falei num anterior comentário) que se viu forçada a encomendar uma armada de enormes navios quebra-gelo...

http://climaticas.blogs.sapo.pt/alteracoes-climaticas-sao-vistas-como-37372#comentarios

http://barentsobserver.com/en/arctic/2015/05/new-icebreakers-open-way-russia-arctic-05-05
(New icebreakers open way for Russia in Arctic)

...ou como o Canadá (reparem só na ironia) em que uma expedição de pesquisa sobre o aquecimento global em operação no Árctico num navio quebra-gelo (notícia de 22 de Julho deste ano) foi obrigada a cancelar as suas operações para socorrer navios na... Baía de Hudson naquelas que são as piores condições de gelo de Verão em 20 anos!

http://www.cbc.ca/news/canada/north/ccgs-amundsen-re-routed-to-hudson-bay-to-help-with-heavy-ice-1.3162900?cmp=rss

localização da Baía de Hudson:

https://www.google.pt/maps/@55.1236674,-97.0436132,3z
(esclarecimento: é apenas um mapa da google portanto não fiquem já todos excitados por não verem qualquer gelo)


«Os dez maiores emissores que ainda não apresentaram as suas contribuições nacionais são: a Índia, o Brasil, Irã, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Paquistão, representando em conjunto 18% das emissões das emissões globais ainda não abrangidos por INDCs.»

Então queriam que, por exemplo, um país como o Brasil que já entrou oficialmente em recessão económica se pudesse dar ao luxo de entrar em politicas climáticas não apenas demasiado caras para a economia como absolutamente extravagantes e esbanjadoras que colocariam muitas empresas em ainda maiores dificuldades financeiras e com o potencial de agravar ainda mais a recessão?

E o Brasil é apenas um exemplo!


(Ah, felicitações e uma palmadinha nas costas para... mim pois é este o meu quinquagésimo comentário em dois meses, ou seja, desde 1 de Julho.
E também para a Quercus por ter criado este espaço de luta contra o "aquecimento global" ou "alterações climáticas"... quer-se dizer, espaço de luta contra as suas ideias, obviamente!)

De Humberto a 03.09.2015 às 11:03

(continuação...)

No entanto, continuando no Brasil, este tem a rara sorte de ser um país onde 2 cientistas... cientistas mesmo e não as habituais pessoas que apenas surfam na onda ou então ambientalistas, ecologistas, comentadores profissionais, jornalistas, políticos, líderes religiosos, líderes de organizações ou empresas com interesse directo ou indirecto no assunto... não, nem mesmo são cientistas de áreas tão nobres como a sociologia ou mesmo... a biologia. Nada disso!

Estes 2 cientistas têm mesmo a formação académica e a respectiva experiência profissional em geociências, meteorologia e climatologia (entre outras) que são exactamente as áreas necessárias para realmente saberem do que falam.

Extraordinário, não acham? Ainda haver pessoas que sabem do que falam!


--- Luiz Carlos Molion

currículo:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4781589E7

vejam-no aqui e aprendam um pouco com estes vídeos:
https://www.google.pt/search?q=molion&tbm=vid

e

--- Ricardo Augusto Felicio

currículo:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769802H5

vejam-no também e aprendam ainda mais um pouco:
https://www.google.pt/search?q=Ricardo+Augusto+Felicio&tbm=vid


...Cientistas que são frequentemente convidados para programas de televisão inclusive de grande audiência (num país com mais de 200 milhões de habitantes) e palestras onde deitam por terra todos os dados, projecções e especulações provenientes de "estudos" como este que aqui nos foi apresentado.



Tirando aquela uma pessoa da Quercus que, garantidamente, já se convenceu com os meus modestos comentários, ou melhor, com os argumentos aí apresentados... todos os outros, caso não se tenham dado conta, têm aqui, com estes 2 cientistas, mais uma boa oportunidade de começarem a investigar por si próprios e a sério o assunto e aprenderem também algo mais do que a lengalenga a que estão acostumados.

De Humberto a 03.09.2015 às 11:14

Caramba, que hoje devo estar distraído!

Acabei de olhar para o vosso título e nem posso acreditar como é que me escapou antes tal preciosidade.


«Governação climática não chega para ficar abaixo dos 2ºC»

Governação climática! Governação climática! Governação climática!

Governar através do clima... Ora digam lá se isto diz tudo ou não diz tudo. Ah?

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