Japão abandona as medidas de combate às alterações climáticas
O Governo japonês anunciou hoje formalmente a meta nacional de 26% de redução de gases com efeito estufa até 2030 (em comparação com os níveis de 2013). Se comparada com os níveis de 1990, esta é uma redução de 18%.
Considerando os esforços globais que precisam de ser feitos para conseguir manter a temperatura global do planeta abaixo dos 2º Celsius, a contribuição nacional (INDC, na sigla em inglês) do Japão não abre caminho para alcançar este objetivo, dificultando os esforços de mitigação. Nos últimos anos, as emissões de 2013 destacaram-se como especialmente elevadas.
Enquanto quinto maior emissor mundial de gases com efeito estufa e com emissões per capita a registar níveis muito acima da média global, é injusto o Japão propôr um objetivo tão fraco.
O governo japonês justifica que esta contribuição está em linha com sua meta de redução de 80% até 2050.
Contudo, na realidade, a meta proposta hoje reflete o abandono das medidas de mudança climática por parte Japão e só onera as gerações futuras.
Numa altura em que o resto do mundo se prepara para os acordos históricos que terão lugar em Paris, na COP21, o Japão lança um objetivo para 2030 que não é aceitável, diz a Rede de Ação Climática Japonesa, em comunicado.
Em reação a esta medida, Ai Kashiwagi, da Greenpeace Japão, foi mais longe e disse que o país nem conseguirá cumprir "esta meta climática abissalmente fraca", acrescentando que "a sua política energética de fantasia, dependente da dispendiosa e perigosa energia nuclear não vai ajudar".
Segundo a Greenpeace Japão, o primeiro-ministro nipónico Shinzo Abe está a ficar pelo caminho, numa altura em que grande parte das nações mundiais dão rápidos passos em direção a um futuro energético renovável. "O fracasso da sua política energética irá, pelo contrário, amarrar o Japão a um cenário futuro de massivas emissões poluentes, insegurança energética e de dependência dos combustíveis fósseis".
Apesar do país continuar a apostar numa economia assente nos combustíveis fósseis e na energia nuclear, a verdade é que o país tem potencial para produzir 56% da sua eletricidade a partir de fontes renováveis em 2030.
Mais informações sobre o potencial do Japão em energias renováveis: aqui
Imagem: http://blogs.sit.edu
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1 comentário
De Humberto a 18.07.2015 às 12:37
hmmmeeee....... asz côzasz assômbrrózasz caa cá aprrêndu
atão u caa vóssemessêsz qérrem é ãnrregelárr usz aszqelêtusz du passuál daa tôdu planêtaa
vóssemessêsz sã meszmu unsz sabixõesz..... anté parréssem u tí Álvarru dônu daa tabérrnaa alí daa aszqinaa