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Comissão Europeia ganha o “Fóssil do Dia” em Marraquexe

Quarta-feira, 16.11.16

fossil_poster.jpgNo passado dia 15 de novembro, a Comissão Europeia recebeu o Prémio “Fóssil do Dia”, atribuído pela Rede Europeia de Ação Climática (CAN-Europe), da qual a Quercus faz parte, na COP22, a decorrer em Marraquexe.

A Comissão Europeia recebeu o "prémio" pela incoerência entre a sua retórica nas negociações internacionais sobre o clima e a ausência de diálogo entre a própria UE e os seus Estados-Membros, enquanto se prepara o futuro pacote legislativo sobre energia.

No final de Novembro, poucos dias após a conclusão da COP22, a Comissão Europeia irá divulgar o seu "Pacote de Inverno", composto por oito propostas legislativas, incluindo uma revisão de várias Diretivas relativas às energias renováveis, eficiência energética e das regras de conceção do mercado europeu da eletricidade.

A UE está em total contradição com os objetivos do Acordo de Paris, a avaliar pelos textos iniciais destas propostas, que circularam de forma não oficial, mostrando que a UE está a planear atenuar as suas políticas energéticas depois de 2020. Os objetivos nacionais vinculativos, em matéria de energias renováveis, terminam em 2020, e a meta da UE para 2030 de 27% está pouco acima dos 24% que se prevê serem atingidos.

Por outro lado, as energias renováveis também poderão perder a prioridade face a outras fontes de energia poluentes, no acesso às redes elétricas europeias. Simultaneamente, estas propostas que estão em cima da mesa mantêm a porta aberta para que os Estados-Membros continuem a subsidiar a utilização do carvão para a produção de energia.

Para as associações de defesa do ambiente, estas propostas estão a milhas de distância do que seria necessário para transformar os objetivos do Acordo de Paris em realidade e não trazem a confiança necessária aos cidadãos e empresas europeias para investir num futuro renovável.

Se o presidente da Comissão Europeia está seriamente empenhado em cumprir a sua promessa de tornar a UE líder em energias renováveis, estes objetivos precisam de ser substancialmente melhorados antes de serem publicados.

A Comissão Europeia recebeu este prémio durante as negociações em Marraquexe, ao mesmo tempo que tinha início um evento de alto nível sobre "100% de energia renovável para chegar aos 1,5°C", abordando a necessidade urgente de chegar ao objetivo de 100% renováveis para alcançar os objetivos mais ambiciosos do Acordo de Paris.

Atribuído pela Rede de Ação Climática (Climate Action Network), o 'Fossil of the Day' avalia e ‘premeia’ anualmente a prestação dos piores países. 

Os prémios 'Fossil of the Day' foram apresentados pela primeira vez em 1999, em Bona.

www.climatenetwork.org/fossil-of-the-day

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publicado por Quercus às 17:39

E o primeiro ‘Fóssil do Dia’ vai para… a Bélgica e a Nova Zelândia

Segunda-feira, 30.11.15

FossiloftheDayAwardlogo.pngComeçou hoje oficialmente a Cimeira do Clima, ou COP21, que este ano tem lugar em Paris, e que, como é habitual, conta com a análise crítica por parte da Rede de Ação Climática (CAN, na sigla inglesa), grupo de ONG que inclui a Quercus e que anualmente avalia e ‘premeia’ a prestação dos piores países. E o primeiro ‘Fóssil do Dia’ vai para

A Nova Zelândia, distinguida devido à hipocrisia do primeiro-ministro sobre o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis, e a Bélgica, que conquista o vergonhoso galardão devido às divisões internas que estão a bloquear a sua ação climática. "Nos últimos seis anos, os líderes belgas têm discutido sobre como dividir os seus objectivos climáticos e energéticos entre as diferentes partes do país, com a única preocupação de passar a responsabilidade para outros. Estão a ignorar que cada ano de espera para que outros assumam compromissos vai agravar a crise climática. Jogar este jogo de espera significa brincar com o fogo, porque estamos numa corrida contra o  tempo na luta contra a crise climática", considerou Wendel Trio, director da CAN Europa.

Segundo este dirigente, "paralisada por disputas internas, a Bélgica é um dos poucos países da UE atrasada nas metas de redução de emissões. Além disso, os infrutíferos desacordos internos não permitiram ao país dar o apoio financeiro suficiente e durável para os países em desenvolvimento". "Este cenário é o exato oposto do que precisamos que os países ricos tragam à mesa das negociações em Paris, a fim de chegar a um acordo climático significativo. A inação da Bélgica está a ameaçar a credibilidade da UE nas negociações", salienta Wendel Trio.

No caso da Nova Zelândia, a CAN critica a hipocrisia do primeiro-ministro John Key, que numa iniciativa recente sobre a reforma dos subsídios aos combustíveis fósseis afirmou que o país é líder na abolição desse tipo de apoios, quando na realidade os subsídios à produção de combustíveis fósseis aumentaram sete vezes desde a sua eleição em 2008.

A Rede de Ação Climática (CAN) Europa é maior coligação europeia a trabalhar em questões climáticas e energéticas. Com mais de 120 organizações em mais de 30 países europeus - que representam mais de 44 milhões de cidadãos - a CAN Europa trabalha para prevenir a perigosa mudança climática e para promover políticas climáticas e energéticas sustentáveis. Os prémios ‘Fóssil do Dia’ foram apresentados pela primeira vez em 1999, em Bona. [Fontes: CAN Europe e CAN International]

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publicado por Quercus às 17:42

Expectativas para a COP21: o acordo de Paris será suficiente?

Segunda-feira, 23.11.15

Sumário das expectativas da Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês) para a COP21 que tem início em Paris, no próximo dia 30 de novembro de 2015.

 

 

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publicado por Quercus às 16:36

Negociadores deixam Bona com um apelo para um compromisso urgente

Sexta-feira, 04.09.15

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Hoje acaba a penúltima sessão negocial antes de chefes de estado, ministros e delegados reunirem em Paris, no final do ano,  para terminar um acordo que deverá ser global e universal.

Por todo o mundo, aumenta o apoio público para a necessidade de uma ação climática, mas os progressos à mesa das negociações e sobre o próprio texto continuam por acontecer. Enquanto os recordes de temperaturas máximas continuam a cair e o mundo é varrido por temperaturas extremas, secas, incêndios florestais, os cidadãos pedem uma ação rápida e um acordo forte em Paris.

Esta semana, em Bona, os negociadores debruçaram-se sobre uma nova ferramenta para orientar as negociações. Embora não tenha ficado refletido no texto, houve uma nova disposição por parte dos países para abrir a discussão, e em maior detalhe, sobre potenciais barreiras como as perdas e danos, diferenciação, financiamento e um mecanismo para intensificar a ação climática nos próximos anos.

O relógio das negociações está a acelerar e os delegados não podem ficar à espera até à próxima ronda negocial em outubro, novamente em Bona. É necessário encontrar compromissos para as principais questões pendentes. Precisamos de uma compreensão entre as partes, melhor do que até agora foi conseguido, para construir um acordo global em Paris que possa assegurar a ação para um clima seguro no futuro.

É cada vez mais claro que vamos ter um acordo em Paris. A questão agora é que tipo de acordo vamos ter - e se será um bom acordo. Neste momento, os compromissos nacionais apresentados pelos países não mantém o aumento global da temperatura abaixo dos 2 graus Celsius, muito menos abaixo do 1,5ºC. Um bom acordo tem de permitir que todos os países aumentem continuamente o nível da ambição no seu esforço de redução de emissões, de proteção aos mais vulneráveis e de prevençãodo cenário mais catastrófico das alterações climáticas.

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publicado por Quercus às 17:00

Períodos de compromisso de 5 anos: não é apenas um paixão de adolescente!

Quinta-feira, 03.09.15

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Há rumores a circular nos bastidores de Bona que alguns países estão a interpretar de forma imprecisa as posições da União Europeia (UE). Aparentemente, uma das principais mensagens que circula é que a proposta da União Europeia para um período de compromisso de 10 anos está a tornar-se uma obsessão, com poucas hipóteses de voltar atrás. As ONG discordam.

 

Não existe legislação em vigor que possa dificultar a adoção de um período de compromisso de 5 anos por parte da UE, mesmo que haja resistência política a partir de certos pontos de vista. A Quercus e as restantes associações de defesa de ambiente europeias têm a firme convicção de que vários Estados-membros reconhecem o mérito em estabelecer períodos de compromisso mais curtos, durante os quais se promove o progresso tecnológico e económico, protege contra a falta de ambição (política), e responde mais rapidamente às consequências cada vez mais graves das alterações climáticas.

 

A decisão da UE sobre a duração dos períodos de compromisso de um acordo internacional para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa será feita por motivos puramente políticos. É de senso comum que as  vontades políticas mudam tão depressa como as paixões de adolescentes. Os países que têm defendido o período de compromisso de 5 anos devem manter forte pressão junto da UE - a janela de oportunidade ainda não está fechada! A legislação que está em preparação tornará esta alteração muito mais difícil, por isso este é o tempo para atuar com determinação e rapidez!

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publicado por Quercus às 13:43

Relatório Anual 2014 da Rede de Ação Climática Internacional

Quinta-feira, 16.07.15

A Rede de Ação Climática - Internacional comemorou um quarto de século no ano passado e divulgou agora o seu relatório anual relativo a 2014.

 

CAN International - report 2014.png
(clicar na imagem para aceder ao relatório)

 

 

 

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publicado por Quercus às 12:13

2ºC é demais: aquecimento global não deve ultrapassar os 1,5ºC

Sexta-feira, 05.06.15

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A Rede de Ação Climática (CAN, na sigla inglesa), que integra a Quercus, analisou recentemente a avaliação 2013-2015 de um dos grupos de trabalho da Conferência das Partes (COP) da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), concluindo que é necessário reforçar o reconhecimento da importância do limiar 1,5ºC de aquecimento global acima da temperatura pré-industrial.

Segundo o relatório, uma subida de temperatura de 2ºC (o objetivo da Convenção) originará impactos catastróficos, irá abrandar o crescimento económico e prejudicar consideravelmente os esforços de redução da pobreza. Para a CAN, apontar para uma subida inferior a 1,5ºC, evitaria e enfraqueceria inúmeros impactos das alterações climáticas e não será necessariamente mais caro do que perseguir a meta de 2ºC.

 

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publicado por Quercus às 20:00

ONG pedem aos ministros das Finanças do G20 que acabem com os subsídios aos combustíveis fósseis

Terça-feira, 10.02.15

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39 Organizações Não-Governamentais (ONG) pediram ontem aos ministros das Finanças do G20 (as 20 maiores economias do mundo), reunidos até hoje em Istambul, para tomar medidas imediatas para eliminar os subsídios aos combustíveis fósseis e utilizar esses recursos para a ação climática.

Para a Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês), que inclui a Quercus, a cimeira do G20 é um teste ao papel da União Europeia (UE) nas negociações climáticas internacionais que deverão culminar num acordo global em Dezembro. No entanto, entre 1999 e 2011, a França, Alemanha, Itália e Reino Unido, atribuíram pelo menos 68 mil milhões de euros em subsídios à produção de combustíveis fósseis, o que compromete seriamente os esforços para combater as alterações climáticas.

 

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publicado por Quercus às 16:20





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